Na defensiva, a Microsoft apontou à Comissão Europeia que o Google desfruta de uma vantagem competitiva em inteligência artificial generativa devido ao um ‘tesouro’ em dados e chips otimizados para IA. Segundo a Reuters, a declaração veio como resposta aos reguladores antitruste da Europa sobre o nível de concorrência da tecnologia no país.
O que você precisa saber:
- Em relatório, a Microsoft pontuou ao regulador que o combo de serviços do Google, com chips de IA e abundante banco de dados, daria a empresa uma vantagem competitiva nos próximos anos;
- A companhia citou também a Apple, dizendo que ambas as empresas têm um posicionamento de privilégio no mercado de IA dado aos seus produtos — como Google Assistente e Siri;
- Ela destacou também a importância de parcerias pró-competitivas no espaço da IA entre big techs e startups;
- A Comissão Europeia estuda a concorrência de IA generativa no mercado da Europa;
- A Microsoft está na mira dos reguladores antitruste da UE há algum tempo — o bloco iniciou recentemente investigações sobre os acordos da empresa com a Activision, OpenAI e Mistral AI.
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Hoje, apenas uma empresa — o Google — está integrada verticalmente de uma maneira que lhe proporciona força e independência em todas as camadas de IA, desde chips até uma próspera loja de aplicativos móveis. Todos os demais devem contar com parcerias para inovar e competir.
Microsoft em relatório à Comissão Europeia.
Em resposta aos apontamentos da Microsoft, o Google disse esperar “que o estudo da Comissão ilumine as empresas que não oferecem a abertura do Google Cloud ou que têm um longo histórico de retenção de clientes – e que estão trazendo a mesma abordagem para os serviços de IA”, rebatendo a rival.
A cutucada do Google se deve a uma ação antitruste dela contra a Microsoft que acusa a companhia de práticas antitrustes por reter clientes com o uso do Azure, seu serviço em nuvem. Entenda melhor aqui!
Recentemente, reforçando as acusações do Google, a CISPE, órgão comercial que protege as empresas de nuvem na Europa e é fortemente financiado pela Amazon, também acusou a Microsoft de usar protocolos que prejudicam as margens de lucro de plataformas de nuvem rivais em detrimento de seu próprio desempenho. A Comissão Europeia prometeu investigar o caso.
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