Uma coisa é certa, a criatividade dos criminosos não tem fim! Não é à toa que somente no ano passado os golpes digitais aumentaram até 35%, segundo uma pesquisa do site TI Inside. Além disso, as fraudes relacionadas às instituições financeiras lideraram às ameaças em 2023. E pelo que tudo indica em 2024 não será diferente, pois já ganhou popularidade um novo esquema fraudulento, o golpe do 0800.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o golpe já está acontecendo desde o ano passado, quando a organização emitiu um alerta para o golpe da falsa central. Mas em que consiste essa manobra criminosa? Como os golpistas estão agindo e como se proteger? Confira!

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Como funciona o golpe do 0800?

O golpe do 0800, também conhecido como golpe da falsa central, refere-se à atuação de criminosos que atuam com falso atendimento bancário. Neste caso, o estelionatário se passa por funcionário da instituição financeira e, através de ligação telefônica, induz suas vítimas a realizarem movimentações financeiras em favor de grupo criminoso, ou seja, indicando sua própria conta para roubar algum valor do correntista.

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Geralmente, as vítimas recebem uma mensagem via SMS, informando sobre uma transação suspeita de alto valor. Na sequência, os criminosos solicitam que a vítima entre em contato com uma suposta central de atendimento para esclarecer a questão e passam um número com inicial 0800, que é uma central falsa dos próprios bandidos.

A partir daí, os estelionatários, fingindo serem atendentes dessa falsa central, solicitam dados como CPF, endereço e de cartão de crédito, além de muitas vezes, tentarem induzir a pessoa a realizar transações financeiras.

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Por isso, a Febraban afirma que para este tipo de golpe, os bandidos usam a estratégia de engenharia social, onde aplicam técnicas para enganar o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais.

Passo a passo do golpe do 0800

Inicialmente a vítima é informada pelo golpista, que usa o nome de alguma instituição financeira, por meio financeira em mensagens via SMS. Geralmente a mensagem se assemelha aquela que recebemos quando fazemos uma compra no cartão de crédito: “Compra aprovada em um determinado valor em alguma loja do varejo conhecida. Para confirmar, o cliente deve digitar o número 1, mas caso desconheça a transação, o consumidor deve ligar para uma central de 0800……”

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A partir daí, muitas pessoas entram em contato, até porque geralmente a ação é muito semelhante com a atividade que muitos bancos executam. Mas quando a vítima liga para a central falsa, o falso atendente diz que a transação está em análise, exatamente pelo fato de que a compra também é falsa. Por fim, o golpista da continuidade ao procedimento, solicitando que a pessoa faça uma nova transação para resolver o problema, o que direcionaria a pessoa a fazer uma transferência para a conta do próprio estelionatário, além disso, solicita os dados da vítima.

A Febraban também informa sobre outra modalidade que os golpistas aplicam, utilizando-se da desculpa de milhas no cartão. Neste caso, informam no SMS do consumidor que as milhas ou pontos do cartão dele estão vencendo. Em seguida, pede que entrem em contato com a tal central falsa afim de não perder tal benefício e por lá dão continuidade ao golpe. Além disso, muitas vezes, passam um link de site fraudulento em que as vítimas são induzidas a preencherem dados bancários.

Como se proteger do golpe da falsa central de atendimento

A dica número um é nunca ligue para nenhuma central de atendimento cujos números foram passados por SMS, sempre entre em contato com os canais oficiais de atendimento da sua instituição financeira.

Essa é a orientação do próprio diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban fez ao portal terra, “O cliente nunca deve fazer ligações para números de telefone (0800) recebidos através de SMS ou por outras mensagens. Se tiver alguma dúvida, o cliente deve ligar para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente”, alertou.

Além disso, o diretor afirmou que, embora os bancos façam ligações para confirmar transações suspeitas, nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais e jamais solicitam que clientes façam transferências ou Pix, ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar qualquer problema que seja.