A remoção de tumores cancerígenos pode ser um desafio mesmo para cirurgiões mais experientes – principalmente em áreas delicados do corpo, como cérebro e pescoço. Um dos principais desafios é descobrir até onde o tumor vai, tanto em comprimento quanto em profundidade, para não deixar células cancerígenas para trás. No entanto, se os médicos retirarem mais tecido saudável do que necessário, correm o risco de ter perdas desnecessárias.
Esse equilíbrio é complicado para as mãos humanas, mas pesquisadores da Universidade John Hopkins acharam uma forma de diminuir os riscos: eles criaram um robô para remover tumores com uma precisão assustadora.
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Remoção de tumores
Além dos limites entre tirar pouco e tirar muito, os tumores não são facilmente identificáveis dentro do tecido saudável.
Como explica o Medical Xpress, o ideal é tirar 5 mm de tecido saudável para remover todo o tecido canceroso, mas os limites de até onde vai o tumor e onde começa a parte saudável não são claras. A mesma coisa vale para a profundidade.
Tudo isso complica o trabalho do profissional, sem contar a fadiga das longas cirurgias, o esgotamento e a obstrução visual do corpo.
Robô para ajudar com tumores
Ai que entra o robô. Os pesquisadores americanos criaram o ASTR, um sistema robótico que pode remover tumores da língua com uma precisão assustadora, tão boa ou até melhor do que a de cirurgiões humanos.
Veja como foram os testes:
- O ASTR traduz a orientação humana para precisão robótica, na etapa pré-operatória. No teste, ele foi usado para retirar um tumor de um tecido de língua, um câncer arriscado;
- A equipe (humana) desenhou os contornos da parte cancerígena com base em pesquisas sobre o tipo da doença;
- Então, eles programaram o robô para remover o tumor e exatamente 5 mm de tecido saudável de cada lado;
- O sistema teve sucesso em todas as tentativas.
O robô já havia sido testado anteriormente em incisões, mas essa foi a primeira vez que fez a remoção de um tumor por completo.
Próximos passos
A remoção de um tumor de língua é um procedimento arriscado por dois motivos: a superficialidade do órgão e o caráter experimental das cirurgias. Embora raro, esse tipo da doença já fez vítimas famosas, como o ator Michael Douglas e o músico da banda Van Halen, Eddie Van Halen.
Os próximos passos dos pesquisadores incluem treinar o robô para remover tumores de órgãos internos, como rim.
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