A primeira resolução global sobre IA (inteligência artificial) e proteção de dados foi aprovada por unanimidade pela ONU nesta quinta-feira (21). Segundo as autoridades, o plano é acompanhar de perto os avanços e riscos da tecnologia.

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Primeiro documento de consenso global sobre IA

  • A proposta partiu dos EUA e contou com o aval de outras potências como a China, Rússia e mais 121 países.
  • A negociação demorou três meses e promete também reforçar políticas de privacidade.
  • A resolução é descrita como o primeiro documento de consenso global sobre IA e é a mais recente entre esforços de governos do mundo todo para regular o rápido desenvolvimento da tecnologia.
Ilustração de regulamentação da inteligência artificial
(Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Vale destacar que há uma preocupação geral de que a inteligência artificial seja utilizada como arma para influenciar em resultados de eleições, fraudes e mais. Um trecho da medida, inclusive, destaca que “o uso impróprio ou malicioso” da IA apresenta riscos que “podem prejudicar a proteção e o gozo dos direitos humanos e liberdades fundamentais”.

Regulamentação da inteligência artificial

Pessoa segurando tablet com cabeça não-humana em cima com sigla de inteligência artificial (IA) na testa
(Imagem: Jirsak/Shutterstock)

Em novembro passado, EUA e Reino Unido lideraram o primeiro acordo internacional sobre como manter a IA protegida de uso por cibercriminosos, o que passou por aumentar a pressão sobre grandes empresas do setor para reforçar a segurança dos seus sistemas.

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A Microsoft chegou a confirmar que grupos hackers de várias origens, incluindo Rússia, Coreia do Norte, Irã e China, estão utilizando ferramentas como o ChatGPT para estudar alvos potenciais e desenvolver táticas de engenharia social.

A União Europeia, por sua vez, também firmou um acordo para supervisionar a IA este mês e está mais próxima que todos de adotar regras para regular o uso da inteligência artificial, algo ainda inédito.