Cientistas do Instituto de Zoologia da Universidade de Kiel, na Alemanha, se inspiraram no gafanhoto chinês Oxya chinensis para construir um robô que, assim como o inseto, é capaz de nadar e pular na superfície da água e mover seus membros em diferentes velocidades. Um artigo foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.
Entenda:
- Cientistas desenvolveram um robô inspirado no gafanhoto chinês Oxya chinensis, capaz de nadar e pular na superfície da água e mover seus membros em diferentes velocidades;
- A equipe conduziu um experimento com 15 gafanhotos da espécie, que apresentaram diferentes comportamentos quando colocados em um tanque d’água;
- Foi constatado que o suporte do peso corporal pela pressão hidrostática pode ser alcançado proporcionalmente à massa dos insetos, e os impulsos de movimento derivam de hidrodinâmica;
- Com as análises, a equipe criou robôs capazes de se locomover em diferentes terrenos;
- Um artigo foi publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences.
Essa espécie de gafanhoto é comum nas regiões de cultivo de arroz na China. Conhecidos por suas habilidades acrobáticas – quando caem na água, os O. chinensis conseguem facilmente sair e voar para longe -, os insetos foram estudados detalhadamente pela equipe para o desenvolvimento de robôs capazes de se locomover em diferentes terrenos.
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Experimentos ajudaram a criar robô-gafanhoto
O experimento acompanhou 15 gafanhotos O. chinensis com comprimento corporal de 2,2 a 3,4 centímetros e peso de 0,4 a 1,0 grama. Os insetos foram colocados em um tanque de vidro cheio de água e apresentaram diferentes comportamentos: permaneceram completamente inativos na superfície da água, flutuaram, nadaram ou pularam para fora imediatamente.
A equipe comparou a locomoção de salto e natação e analisou os mecanismos usados para gerar força e facilitar as acrobacias aquáticas dos gafanhotos. Foi constatado que o suporte do peso corporal pela pressão hidrostática pode ser alcançado proporcionalmente à massa dos insetos, e os impulsos de movimento derivam de hidrodinâmica – ou seja, interações controladas entre os membros e a água.
“Nosso trabalho não apenas revelou os mecanismos combinados responsáveis por facilitar as acrobacias aquáticas nesta espécie, mas também lançou as bases para o desenvolvimento de robôs bioinspirados que podem se mover em terrenos variados”, disse Stanislav N. Gorb, biólogo, cientista de materiais e especialista em biônica, ao Tech Xplore.
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