Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E
As disputas geopolíticas vão muito além da Terra. E recentemente as principais potências têm mirado cada vez mais para o espaço, impulsionando uma crescente corrida armamentista espacial. É isso o que aponta o mais novo relatório Global Counterspace Capabilities: An Open Source Assessment, da Secure World Foundation.
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De acordo com o documento, a Rússia, em particular, aumentou suas capacidades de guerra espacial na última década. O país busca recuperar o status da era soviética que foi perdido após o fim da Guerra Fria.
O relatório menciona os rumores recentes de um novo programa russo para desenvolver satélites movidos a energia nuclear que poderiam atingir os EUA com pulsos eletromagnéticos, potencialmente paralisando atividades de satélites. No entanto, a Secure World Foundation observou que os detalhes dessa ameaça permanecem em grande parte desconhecidos.
Lembrando que o governo da Rússia nega qualquer informação ligada ao novo armamento. Segundo o porta-voz do governo de Vladimir Putin, Dmitry Peskov, a acusação é uma estratégia do governo Biden para convencer o Congresso a liberar novos repasses bilionários para apoiar a Ucrânia na guerra.
Sobre a China, o levantamento aponta que o desenvolvimento de armas espaciais está sendo impulsionado pelo desejo de combater a superioridade militar dos norte-americanos e para aumentar sua própria influência regional. Pequim vê a capacidade de anular os sistemas espaciais rivais como fundamental para dissuadir potenciais conflitos futuros.
Não está claro se os chineses pretendem usar essas capacidades ofensivas de contraespaço ou apenas tê-las como forma de dissuasão pensando em possíveis conflitos futuros, conclui o relatório.
Esta post foi modificado pela última vez em 5 de abril de 2024 21:10