Trabalho do perito criminal ficou mais completo com o uso de tecnologias em sua rotina. Imagem: Gorodenkoff / Shutterstock
As séries de investigação policial eram fenômeno de audiência na década passada. Ainda vão bem hoje, mas tiveram uma pequena queda. A legião de fãs, porém, continua fiel – e se tornaram quase peritos forenses.
É claro que um programa de TV não torna ninguém um especialista. Mas dá algumas noções para as pessoas, como a ideia de que os criminosos podem tentar apagar os seus traços numa cena do crime. Usar luva, usar touca, lavar o local, enfim, não deixar rastros.
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Pensando nisso, um grupo de cientistas australianos passou a pesquisar uma forma diferente para detectar a presença de alguém em determinado local.
E o estudo envolve DNA e ar-condicionado!
Cientistas da Universidade Flinders, na Austrália, se inspiraram em outros estudos que falam em DNA ambiental (eDNA), que estão presentes em amostras de água, solo ou ar. A partir desse material, é possível determinar quais espécies de animais estão presentes na região.
O eDNA ajudou, por exemplo, um grupo de biólogos a procurar recentemente grandes tubarões brancos perto de praias ou a documentar um ecossistema pré-histórico congelado.
Como também fazemos parte do reino animal, os cientistas australianos pensaram: por que não tentar? Talvez deixemos rastros também.
E não estamos falando em fios de cabelo ou qualquer coisa do tipo. São partículas invisíveis, como minúsculas gotículas de saliva expelidas ou minúsculos flocos de pele.
Mas isso sumiria também com uma boa limpeza do local, certo? Certo! Mas é aí que entra o ar-condicionado. Os pesquisadores provaram que o eDNA humano fica alojado nesses aparelhos – e por uma quantia considerável de tempo.
Isso acontece porque os aparelhos de ar-condicionado funcionam “recirculando” o ar de uma sala, e não puxando o ar de fora.
As informações são do New Atlas.
Esta post foi modificado pela última vez em 4 de abril de 2024 23:30