Por que vírus H5N1 pode virar pandemia

De acordo com a OMS, de 2003 a 2023 foram registrados 874 casos e 458 mortes por influenza H5N1 em 23 países.
Por Simone Cordeiro, editado por Bruno Ignacio de Lima 10/04/2024 07h20, atualizada em 06/05/2024 13h04
vacas em campo verde
Imagem Pixabay
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No início de abril de 2024, o Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas, nos EUA, reportou o segundo caso de pessoa infectada com o vírus da gripe aviária H5N1 no país. O que impressiona é a capacidade desse vírus de se diversificar geneticamente. Tendo em vista, que o paciente foi contaminado após entrar em contato com vacas leiteiras que estariam infectadas com Influenza Aviária.

Dessa forma, a comunidade científica alerta para uma possível pandemia de gripe aviária, mas quais indícios específicos podem ser um alerta para tal cenário? Confira agora, neste artigo!

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O que a comunidade científica revela sobre a possível pandemia de gripe aviária H5N1

gripe aviária
Gripe H5N1. Imagem: Shutterstock

Há um ano, a comunidade científica, que realiza a vigilância genômica do vírus de maneira contínua, alertou que uma nova epidemia global de gripe aviária H5N1 seria questão de tempo. No início de Abril de 2024, o mundo recebe a notícia do segundo caso de contágio em humanos com o vírus da gripe aviária H5N1 nos Estados Unidos, acendendo ainda mais esse alerta.

Sobretudo, alguns pesquisadores estimam que a gripe aviária H5N1 pode causar uma nova pandemia de gripe, caso haja rearranjos no genoma, o que pode acontecer com o aumento da transmissão do vírus.

Além disso, como em 2024 já está acontecendo o aumento de casos de gripe aviária H5N1 em diversos lugares do mundo, alguns órgãos também tem alertado para uma possível pandemia. É o caso da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), que já registrou a preocupação.

A agência sanitária também emitiu um alerta este ano, afinal a doença passou de aves para mamíferos. Este alerta também informa que esse vírus continua a evoluir globalmente, principalmente pela migração de aves selvagens e novas cepas portadoras de mutações potenciais para adaptação aos mamíferos poderão vingar.

três vacas no campo
Imagem Pixabay

Conforme o aviso, uma das maiores preocupações é que como os humanos não têm imunidade contra a doença, existe a possibilidade de que o vírus se espalhe rapidamente.  Contudo, os sintomas da infecção pela gripe H5N1 em humanos têm variado de leves, como infecção ocular e sintomas respiratórios superiores, a doenças graves, como pneumonias.

O segundo paciente contaminado com gripe aviária, após entrar em contato com vacas leiteiras no Texas, relatou conjuntivite como principal sintoma, por exemplo.

Medidas para evitar uma pandemia de gripe aviária H5N1

Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) fez um pronunciamento no qual revelou ações para evitar cenário de pandemia de gripe aviária H5N1 , “As principais opções de ação incluem o reforço da vigilância dirigida a seres humanos e animais, garantindo o acesso a diagnósticos rápidos, promovendo a colaboração entre os setores animal e humano e implementando medidas preventivas, como a vacinação”, divulgou o órgão.

Além disso, a Agência Sanitária revela que é necessário impor limite da exposição e impedir a propagação do vírus a mamíferos e humanos.

Simone Cordeiro
Colaboração para o Olhar Digital

Simone Cordeiro é jornalista formada pela Universidade Nove de Julho. Em 8 anos de experiência, passou por agências de marketing, empresas de tecnologia e indústria. Hoje, é redatora no Olhar Digital.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.