Prejudicada na China devido à ascensão da Huwaei e outras empresas locais e ações regulatórias pela guerra comercial do país com os EUA, a Apple focou sua produção de iPhones na Índia durante o último ano fiscal, dobrando seu investimento, conforme mostrou relatório divulgado pela Bloomberg. Segundo o portal, a big tech elevou a fabricação do celular no território em 14%, numa tentativa de diversificar sua cadeia de abastecimento. 

O que você precisa saber: 

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  • A mudança é considerada significativa para a Apple, que historicamente sempre dependeu da China para a fabricação do iPhone; 
  • De acordo com relatório, a big tech agora fabrica cerca de 1 em cada 7, ou 14%, de seus iPhones na Índia, o dobro da quantidade que produziu lá no ano passado; 
  • A fabricante parceira Pegatron montou cerca de 17% desses iPhones, enquanto a Foxconn produziu cerca de 67%. Wistron ficou com o restante; 
  • Vale lembrar que o foco da Apple na Índia já ocorre há algum tempo, como parte de seu plano para contornar as dificuldades na China. A empresa abriu, por exemplo, suas primeiras lojas de varejo no país no ano passado. 

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Apesar do foco na Índia, a China, claro, continua sendo um mercado crucial para a Apple, contudo, as vendas tiveram um início difícil este ano, reforçando ainda mais a necessidade da empresa de ser mais independente em relação ao país. 

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Um relatório da Counterpoint Research de março apontou que as vendas do iPhone na China caíram 24% nas primeiras seis semanas deste ano. A big tech enfrenta uma pesada concorrência com outros fornecedores de smartphones, com destaque para a Huawei. 

Enquanto a Apple caiu, a chinesa mais que dobrou seu lucro em 2023 quando comparado a 2022: a Huawei relatou lucro líquido de US$ 12 bilhões (R$ 60,18 bilhões, na conversão direta), graças às vendas e portfólio de novos produtos. Já a receita saltou quase 10%, indo para US$ 97,4 bilhões (R$ 488,48 bilhões). 

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Não apenas a Huawei, a Xiaomi também superou a dona do iPhone em vendas na China em 2023. A concorrente local experimentou aumento de 28% nas vendas durante o Dia dos Solteiros, um festival de compras parecido com a Black Friday, só que com duas semanas de duração.