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Para avaliar a saúde dos nossos olhos, os médicos podem utilizar diferentes técnicas. Uma delas é a tomografia de coerência óptica (OCT), um exame que usa luz para criar imagens de alta resolução da retina e do nervo óptico. Apesar de eficaz, ela pode levar um tempo considerável para ficar pronta.
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Buscando solucionar esse problema, pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde aplicaram uma nova tecnologia de inteligência artificial (IA) ao método, tornando-o 100 vezes mais rápido. O avanço permitiria um diagnóstico ágil de doenças como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de perda de visão central em pessoas com mais de 50 anos.
O desafio da captura detalhada de imagens da retina
Uma tecnologia que aprimora a captura de imagens de retina com OCT está em desenvolvimento nesta pesquisa: a óptica adaptativa (AO). No entanto, ela enfrenta um desafio chamado speckle, que é quando parte da imagem é obscurecida, lembrando um grupo de nuvens atrapalhando uma fotografia aérea.
Os especialistas lidam com isso capturando várias imagens das células e combinando-as para criar uma imagem sem manchas, o que é um processo demorado. É aí que entra o novo método baseado em IA chamado de rede geradora discriminadora paralela adverbial (P-GAN).
Como a P-GAN funciona?
- O algoritmo de aprendizado profundo utiliza inteligência artificial para remover manchas de imagens capturadas pela AO-OCT.
- Ele foi treinado e alimentado com 6.000 imagens de células oculares para identificar e recuperar características obscurecidas das fotos.
- Nos testes, o algoritmo foi capaz de alcançar resultados comparáveis à análise manual, que exigia a aquisição em média de 120 imagens.
- Estima-se que o uso do P-GAN reduziu o tempo necessário para a aquisição e processamento de imagens em cerca de 100 vezes.
- Além disso, a nova tecnologia proporcionou cerca de 3,5 vezes mais contraste em relação aos métodos anteriores.
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Superação de desafios
Muitas doenças oculares estão relacionadas a problemas na retina. Ao combinar inteligência artificial com uma técnica de imagem chamada AO-OCT, os pesquisadores superaram um desafio que antes dificultava a obtenção de boas imagens, especialmente do tecido da retina.
Johnny Tam, líder da Seção de Imagens Clínicas e Translacionais do National Eye Institute do NIH, disse ao Medical Xpress que acredita que essa nova tecnologia pode revolucionar a maneira como as imagens são capturadas e tornar os diagnósticos oftalmológicos mais acessíveis.
Detalhes do estudo foram publicados na Communications Medicine.