Em uma pesquisa realizada pela consultoria Data.ai, o relatório divulgado “State Of Mobile 2023” revela que o Brasil está entre os 5 países do mundo com maior uso diário de celular. A pesquisa revelou que só em 2022 o Brasil chegou a gastar 5,3 horas diárias diante do aparelho. Em médio ou longo prazo, as consequências do uso excessivo de celular chegam, mas quais são elas? Quais os problemas e danos à saúde que usar o smartphone em demasia pode acarretar à mente e ao corpo? Confira a seguir.

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Problemas de saúde que o celular pode causar a mente e ao corpo

Problemas de postura e coluna

Mulher loira de costas com uma mão no pescoço
Imagem: Pexels (Foto de Karolina Grabowska)

Ao inclinar o corpo várias vezes ao dia para visualizar mensagens ou ficar nessa mesma posição diante da tela de um celular, pode pressionar a postura e a coluna cervical. Em consequência disso, a curto prazo pode-se notar um desconforto ou dores corriqueiras na região. A longo prazo pode ocasionar problemas de saúde e danos sérios na coluna, até mesmo evoluindo para casos mais crônicos.

Tendinite

mão segurando celular com tela do logo do Facebook
Image: Pexels

Outra consequência do uso excessivo do celular é a possibilidade de adquirir uma doença de frequência de movimentos contínuos, como a tendinite. Afina de contas, a pessoa que faz uso demasiado do aparelho, está frequentemente deslizando os dedos para atualizar as times lines ou até mesmo digitar freneticamente em aplicativos de mensagens.

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Fazer isso de maneira constante pode acarretar em uma inflamação nas articulações e nos tendões. A famosa tendinite, pode ocorrer em episódios de dores que vem e vão ao fazer a repetição dos movimentos.

Estudos apontam que teclar/digitar é uma atividade perigosa para a saúde dos nossos músculos e ossos. Desde às posturas incorretas aos movimentos repetitivos, ainda mais os feitos com o dedo polegar.
Uma pesquisa realizada pelo “The Lancet”, em 2014, chegou até mesmo dar nome para a síndrome com referência ao uso excessivo de celular, a WhatsAppinite.

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Má qualidade de sono

Pessoa deitada na cama com celular
Imagem: Pexels

A Revista Nature publicou um estudo realizado pela faculdade de Medicina de Harvard, onde cientistas confirmam que a luz azul emitida por aparelhos celulares ativa os neurônios e perturba o sono.
A má qualidade no sono, por sua vez, pode trazer inúmeras consequências, como queda de produtividade e concentração no trabalho e nos estudos.

Ganho de peso

Prato de comida com celular ao lado
Imagem: Pexels (Foto de Helena Lopes)

Por incrível que pareça, isso pode acontecer sim! O uso de celular acompanhado a uma refeição pode aumentar em 15% o consumo de calorias.

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A informação é de resultados de pesquisas feitas pelo Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras (UFLA), e tinha como foco analisar o impacto da interação com possíveis distrações durante a alimentação.

Visão comprometida

mãos segurando óculos
Imagem: Pexels

O uso contínuo em telas pode prejudicar a saúde dos olhos, aumentando a possibilidade da pessoa ter miopia, astigmatismo e dor de cabeça.

Muitas pessoas, por exemplo, fazem o uso do celular a noite com a luz apagada. Com isso, os olhos se esforçam ainda mais perante um único foco de luz em que estão expostos. Dessa forma, além de ter o sono prejudicado a pessoa vai ter algum problema de vista.

Alterações na estética do rosto

mulher com celular em uma pedra com mar de fundo
Imagem: Pexels (foto de Ketut Subiyanto)

Os problemas físicos causados pelo uso frequente de celular, não comprometem somente a saúde do corpo, mas também a estética.

Como o uso do aparelho, muitas vezes, exige a posição de inclinação de pescoço para frente e para baixo, podem ocorrer alterações nos contornos do rosto. Além disso, a pessoa pode perder a elasticidade nessa região. Consequentemente, surgirão mais rugas e papadas, aquelas gordurinhas indesejadas embaixo do queixo.

Malefícios a saúde mental

mulher deitada com mãos na cabeça e vários celulares em volta e um notebook
Imagem: Pexels

Com um aparelho em mãos, as pessoas adquiriram a falsa ilusão de estarem com tudo e em todos os lugares ao mesmo tempo. Mas acabam na verdade, deixando de viver! Afinal, usam o celular em reuniões em família, em viagens, no trabalho e na faculdade, de forma que perdem o real, os pequenos detalhes, a leveza de um momento eterno. E nunca, mas nunca mesmo, estão 100% presentes nos acontecimentos em suas vidas.

Esse mundo paralelo, chega a ser uma síndrome ou um transtorno. Embora ainda não oficializado, o mesmo já tem nome: nomofobia, que vem de “no-mobile-phone phobia” e significa medo de ficar sem celular.

Esse tipo de transtorno é aquele em que as pessoas tem a vontade compulsória de estarem checando o tempo todo, mensagens, vídeos e sentem falta de estarem com um smartphone se atualizando das redes, etc.

Infelizmente, isso está acontecendo em adultos, crianças e já faz parte dessa geração como um verdadeiro problema de saúde pública. Afinal, acaba por afetar, relacionamentos e comportamentos da sociedade.

E você, conta aqui pra gente: até que ponto seu celular está conectado com a sua vida?

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