Imagem: Getmilitaryphotos/Shutterstock
Nos últimos meses, a OpenAI mudou as regras que impediam o uso militar das ferramentas da empresa. Agora, uma reportagem do The Intercept afirma que a Microsoft ofereceu o DALL-E, serviço de geração de imagens a partir de inteligência artificial, para o exército dos Estados Unidos.
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A própria Microsoft destaca uma variedade de usos federais “comuns” para a OpenAI, inclusive para defesa. Os recursos poderiam oferecer aos militares uma visão geral de um cenário de combate, permitindo que eles coordenem ataques de artilharia, identificação de alvos de ataque aéreo e os movimentos de tropas.
Imagens feitas pelo DALL-E também poderiam ajudar os computadores do Pentágono a “ver” melhor as condições no campo de batalha, permitindo ataques mais precisos contra alvos do adversário. A ferramenta forneceria aos militares norte-americanos os chamados dados sintéticos de treinamento: cenas criadas artificialmente que se assemelham a imagens do mundo real.
Um software militar projetado para detectar alvos inimigos no solo, por exemplo, poderia mostrar uma enorme quantidade de imagens aéreas falsas de pistas de pouso ou colunas de tanques geradas pelo DALL-E, a fim de reconhecer melhor tais alvos no combate.
Em comunicado, a Microsoft confirmou que propôs ao Pentágono o uso do DALL-E para treinar seu software de campo de batalha, mas que isso nunca saiu do papel. Já a porta-voz da OpenAI, Liz Bourgeous, disse que a empresa não vendeu nenhuma ferramenta ao Departamento de Defesa dos EUA.
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de maio de 2024 18:05