Desde alguns dias antes do eclipse solar total, o Sol vinha apresentando baixa atividade, com poucos registros de erupções, sendo grande parte delas muito fracas. Embora as coisas ainda continuem relativamente tranquilas, parece que a situação está começando a mudar.

Na manhã de quinta-feira (11), por exemplo, um filamento magnético se rompeu no quadrante nordeste do astro, provocando uma erupção de classe M5.4.

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Filamento magnético explodiu no Sol na quinta-feira (11). Crédito: AIA/SDO/NASA

Vamos entender: 

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • A classe M, no caso, denota os clarões de intensidade média, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
  • Um M2 é duas vezes mais intenso que um M1, um M3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. 

Em consequência dessa explosão, os meteorologistas da NOAA dizem que uma CME pode atingir o campo magnético da Terra entre sábado (13) e domingo (14). 

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O golpe pode desencadear uma pequena tempestade geomagnética da classe G1 – considerada fraca em uma escala que vai de G1 a G5. Isso significa que localidades em latitudes mais extremas podem esperar por auroras. Eventos desse nível também podem provocar oscilações fracas em sistemas elétricos e impactos leves em operações de satélites, além de afetar o comportamento de animais migratórios. 

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Exibições de auroras como esta são esperadas para o fim de semana. Crédito: Paul D. Maley via Spaceweather.com

O que são auroras?

Fenômeno óptico que ocorre em latitudes extremas do globo terrestre, a aurora (boreal, quando formada no norte e austral, quando é formada no sul) é frequentemente visível a olho nu e é avistada nos céus noturnos. 

Se o vento solar estiver voltado para a Terra, a magnetosfera do planeta desvia a maioria das partículas, embora algumas consigam penetrar na atmosfera ao seguir as linhas magnéticas, especialmente nas regiões polares. Ao fazer isso, as partículas reagem com moléculas ali presentes, produzindo as auroras.

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Apesar de geralmente apresentarem uma cor esverdeada leitosa, essas luzes também podem exibir tons de vermelho, azul, violeta e rosa. 

Cores padrão das auroras:

  • Verde: excitação de átomos de oxigênio na atmosfera por partículas de alta energia;
  • Vermelho: excitação de átomos de oxigênio na atmosfera por partículas de baixa energia em altitudes mais elevadas;
  • Azul e roxo: excitação de átomos de nitrogênio na atmosfera por partículas de alta energia;
  • Rosa: excitação de átomos de oxigênio na atmosfera por partículas de baixa energia em altitudes mais elevadas.