Médico no meio de uma anamnese com um paciente no consultório (Reprodução: Korawat photo shoot/Shutterstock)
Uma realidade preocupante. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de testículo foi responsável por mais de 3.700 mortes no Brasil entre 2012 e 2021. A maior parte dos diagnósticos abrange homens entre 15 e 35 anos, enquanto 60% dos óbitos foram registrados na população entre 20 a 39 anos. Para aumentar a conscientização sobre a doença, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza a campanha Abril Lilás.
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Nos últimos anos, o Ministério da Saúde registrou mais de 25 mil orquiectomias, cirurgia para retirada do testículo. A grande diferença do câncer de testículo é que ele está associado à idade reprodutiva, sendo as pessoas mais jovens as principais afetadas.
O câncer de testículo é uma neoplasia de células germinativas. Assim, quanto maior a produção de espermatozoides, maiores as chances de desenvolver a doença. Por isso, afeta principalmente os indivíduos no início da puberdade, a partir dos 13 anos, até os 39, quando há um declínio na função testicular.
João Paulo Fantin, médico do departamento de Uro-Oncologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) de São Paulo
Pelo fato de o testículo ser um órgão externo e palpável, o autoexame se destaca como a principal forma de detecção precoce da doença. Isso é fundamental especialmente pelo fato do câncer de testículo ter um potencial para disseminação rápida, aumentando a probabilidade de morte.
Segundo o médico, o diagnóstico precoce reduz significativamente o risco de metástase, com taxas de sobrevivência superiores a 90%. As informações são do Estadão.
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de maio de 2024 18:05