A equipe de pesquisadores da Scripps Research e do Instituto Calibr-Skaggs de Medicamentos Inovadores fez uma descoberta promissora no tratamento de doenças pulmonares, como a fibrose pulmonar idiopática (FPI). Eles desenvolveram uma pequena molécula que pode estimular o crescimento de células estaminais nos pulmões, fundamentais para a regeneração do tecido danificado.

Novo tratamento de regeneração pulmonar

  • Os cientistas desenvolveram uma molécula direcionada para os pulmões, capaz de estimular o crescimento de células estaminais, também chamadas de células-tronco, pulmonares.
  • Essas células são essenciais para regenerar e reparar o tecido danificado nos pulmões, o que pode ajudar a reverter os danos causados por doenças como a fibrose pulmonar idiopática (FPI).
  • A molécula em questão foi encontrada no ReFRAME, uma base de dados com medicamentos aprovados pela FDA.
  • O medicamento será administrado por meio de um nebulizador – uma máquina que gera uma névoa inalável – que o entrega diretamente aos pulmões, permitindo doses muito baixas e eficazes.
  • O CMR316, como foi nomeado o tratamento, em breve será utilizado em ensaios clínicos de fase 1.

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Calibrando a dosagem

Uma classe de medicamentos comumente usada no tratamento do diabetes tipo 2, os inibidores de DPP4, mostrou-se capaz de promover o crescimento das células estaminais pulmonares. No entanto, a dose necessária para a reparação pulmonar seria muito alta e insegura para os seres humanos.

Para superar isso, os cientistas desenvolveram um inibidor de DPP4 chamado NZ-97, que permitirá doses seguras e eficazes para a reparação pulmonar. Ele foi projetado como um protótipo para mostrar eficácia em modelos animais e preparar o caminho para o CMR316, que será testado em seres humanos em breve.

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Outras aplicações do tratamento

Além do tratamento para FPI, o CMR316 também pode ser útil em outras doenças pulmonares, como gripe, COVID-19 e doença pulmonar obstrutiva crônica. Os cientistas estão otimistas em expandir esse tipo de tratamento para outras condições, incluindo danos cardíacos e regeneração de outros órgãos, como córnea, coração e rim.

A pesquisa foi publicada nos Proceedings of the National Academy of Sciences e divulgada pelo Medical Xpress.