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As responsabilidades pelas emissões de dióxido de carbono (CO₂) evidenciam o cenário de desigualdade no planeta. Um novo relatório aponta que apenas dez empresas responderam por pouco mais da metade de todas emissões globais desde 2016.
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Aumento das emissões na Ásia
O estudo foi produzido pelo InfluenceMap a partir do Carbon Majors, um banco de dados que reúne informações dos maiores produtores de petróleo, gás, carvão e cimento do mundo. Segundo o documento, dez empresas foram responsáveis por mais da metade (quase 51%) das emissões de CO2 nos últimos sete anos (de 2016 a 2022).
Entre elas, aparecem empresas estatais e privadas envolvidas na extração de combustíveis fósseis e na produção de cimento, processo responsável por pelo menos 8% das emissões globais do gás de efeito estufa.
O relatório constatou ainda um aumento significativo na poluição proveniente de companhias estatais (controladas por governos). Esta tendência é maior no setor de carvão asiático. Embora países da Europa e a América do Norte tenham feito progressos na diminuição das poluições neste segmento, a crescente indústria chinesa e indiana mantiveram os números altos.
A pesquisa da Carbon Majors nos mostra exatamente quem é o responsável pelo calor letal, clima extremo e poluição do ar que está ameaçando vidas e causando estragos em nossos oceanos e florestas. Essas empresas lucraram bilhões de dólares, negando o problema e atrasando e obstruindo a política climática. Elas estão gastando milhões em campanhas publicitárias sobre ser parte de uma solução sustentável, ao mesmo tempo em que continuam investindo em mais extração de combustíveis fósseis.
Tzeporah Berman, presidente do Tratado de Não-Proliferação de Combustíveis Fósseis
Além de rastrear as emissões de carbono desde 2016, o documento também analisou os maiores poluidores de 1854 a 2022. Neste período de tempo, 122 empresas foram responsáveis por 72% das emissões globais de CO2 desde o início da Revolução Industrial.
São elas: a Coal (maior produtora de carvão da China), a extinta União Soviética, a Saudi Aramco (companhia petrolífera da Arábia Saudita), a Chevron (empresa do setor petrolífero dos Estados Unidos) e a ExxonMobil (mpresa multinacional de petróleo e gás dos EUA). As informações são do IFLScience.
Dez empresas responderam por mais da metade das emissões de CO2 de 2016 a 2022
- Coal: maior produtora de carvão da China e responsável pela liberação de 72.993 toneladas métricas de dióxido de carbono (25,79% total das emissões globais).
- Saudi Aramco: companhia petrolífera da Arábia Saudita e responsável pela liberação de 13.256 toneladas métricas de dióxido de carbono (4,84% total das emissões globais).
- Gazprom: empresa russa, maior exportadora de gás natural do mundo e responsável pela liberação de 10.127 toneladas métricas de dióxido de carbono (3,26% total das emissões globais).
- Coal Índia: subsidiária da empresa chinesa de carvão que atua no território indiano responsável pela liberação de 8.509 toneladas métricas de dióxido de carbono (3,01% total das emissões globais).
- National Iranian Oil Company: Companhia Nacional Iraniana de Petróleo e responsável pela liberação de 8.176 toneladas métricas de dióxido de carbono (2,80% total das emissões globais).
- China Cement: maior produtora de cimento da China e responsável pela liberação de 8.155 toneladas métricas de dióxido de carbono (3,21% total das emissões globais).
- Rússia: país é responsável pela liberação de 7.174 toneladas métricas de dióxido de carbono (2,53% total das emissões globais).
- Rosneft: companhia russa, uma das maiores empresas petrolíferas do mundo e responsável pela liberação de 5.734 toneladas métricas de dióxido de carbono (2,07% total das emissões globais).
- China National Petroleum Corporation (CNPC): Corporação Nacional de Petróleo da China é responsável pela liberação de 4.966 toneladas métricas de dióxido de carbono (1,71% total das emissões globais).
- Abu Dhabi National Oil Company: Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi é responsável pela liberação de 4.746 toneladas métricas de dióxido de carbono (1,70% total das emissões globais).
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