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Uma nova IA desenvolvida pela Universidade Cornell, nos Estados Unidos, cabe dentro de um óculos e é capaz de monitorar movimentos dos olhos e do rosto. A aplicação é simples: permitir que os usuários entrem em um ambiente de realidade virtual, melhorando como seus avatares interagem nesse ambiente. Ainda, pode ser aplicado para ajudar pessoas com doenças neurodegenerativas.
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Óculos com IA
Na verdade, são duas IAs, que podem ser colocadas em óculos ou até fones de ouvido.
Vamos conhecer:
- A primeira invenção é o GazeTrak, um sistema de rastreamento ocular que depende de sinais acústicos;
- Já a segunda é o EyeEcho, um sistema baseado em óculos que detecta expressões faciais de forma contínua e as recria em um avatar (tudo em tempo real);
- Ambos dispositivos têm microfones e alto-falantes para captar os movimentos e refletir as ondas sonoras;
- Ambos também duram várias horas, usando a bateria do próprio dispositivo em que estão acopladas (como os fones de ouvido ou os óculos de realidade aumentada).
Como funcionam
No caso do GazeTrak, os pesquisadores colocaram um alto-falante e quatro microfones na parte interna da armação do óculos. Os sinais de movimento dos olhos foram usados para treinar uma IA que é capaz de reconstruir esses movimentos.
No EyeEcho, o alto-falante e os microfones ficaram perto das dobradiças do óculos, para capturar as expressões faciais. O processo foi o mesmo: foram usados para treinar uma IA.
Pelo tamanho e baixo consumo de energia, ambos dispositivos podem ser aplicados em óculos ou fones. Segundo Cheng Zhang, um dos participantes do estudo, eles duram horas acoplados em um óculos inteligente.
Para que serve o “óculos com IA”
De acordo com Ke Li, outro participante do estudo, os dispositivos servem para, por exemplo, melhorar a interação dos usuários em ambientes de realidade virtual. Segundo o site TechXplore, é possível usá-los para fazer vídeo-chamadas ou outras atividades no celular sem usar as mãos, apenas com o movimento do corpo.
Mas não é só isso. As IAs também podem ser aplicadas para pessoas com algum tipo de doença neurodegenerativa, como Alzheimer e Parkinson, que têm restrição nos movimentos. A tecnologia pode ser usada para medir a progressão da doença no conforto de casa, sem forçar o paciente a se locomover para uma consulta.
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