Cientistas estão estudando a atividade de um vulcão no sudoeste da Islândia. Desde dezembro do ano passado, ele entrou em erupção quatro vezes. E a última já dura quase um mês, sendo a segunda erupção mais longa registrada no local.

Leia mais

publicidade

Vulcão deve continuar ativo

De acordo com a Agência Meteorológica Islandesa (IMO), não há sinais de que o vulcão deixará de expelir lava nos próximos dias. Segundo a última medição, realizada em 9 de abril, estão sendo expelidos 3,6 metros cúbicos de lava por segundo (e incessantemente).

Uma das teorias é que as seguidas erupções nos últimos meses criaram um ambiente propício para um fenômeno ainda mais duradouro. No dia 16 de março, a lava começou a sair de uma rachadura no solo em Sundhnukagigar, na península de Reykjanes, e não parou mais.

publicidade

Segundo os pesquisadores, o magma continua fluindo a uma profundidade de pelo menos 10 quilômetros. O cenário é muito semelhante à primeira erupção na região, em março de 2021, que durou seis meses. Por outro lado, as outras erupções duraram apenas alguns dias.

Os cientistas ainda observaram que o solo está se deslocando para cima. Isso sugere que o magma está represado e não consegue fluir totalmente para fora, o que leva a pressão que faz com que o solo se eleve. As informações são do Phys.org.

Vulcão entrou em erupção no dia 19 de março (Imagem: reprodução/Escritório Meteorológico Islandês)

Intensa atividade vulcânica na região

  • Já foram quatro erupções em território islandês em apenas cinco meses.
  • Elas ocorreram em 18 de dezembro de 2023, além de 14 de janeiro, 8 de fevereiro e 19 de março deste ano.
  • Por conta da intensa atividade vulcânica, Grindavik chegou a ser esvaziada ainda no final do ano passado.
  • Na oportunidade, os moradores puderam voltar para suas casas no dia 22 de dezembro, antes de serem removidos do local mais uma vez.
  • Após a primeira erupção, muros foram construídos ao redor do vulcão.
  • O objetivo era que, em caso de novas atividades vulcânicas, a lava fosse direcionada para longe das casas.
  • Uma das explicações para as várias erupções registradas no local é que a ilha da Islândia fica entre duas placas tectônicas: a norte-americana e a euroasiática.
  • Uma falha contorna a capital da Islândia, Reykjavik, e atravessa diretamente a península de Reykjanes, onde fica Grindavik.
  • No total, o país tem 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos, catalogados como ativos.
  • Em média, ocorre uma erupção a cada quatro ou cinco anos em território islandês.