A propagação da gripe aviária H5N1 em cada vez mais espécies gera preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O principal temor é o crescimento do risco de transmissão aos seres humanos, cuja taxa de mortalidade é muita mais elevada, alertam as autoridades.

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O perigo da gripe aviária

  • A gripe aviária normalmente se espalha em aves.
  • A doença também pode se espalhar para outros animais, incluindo humanos.
  • Nos últimos meses, surgiram relatos de infecções em vacas, cabras e até em urso polar.
  • O cientista-chefe da agência de saúde, Jeremy Farrar, disse ao The Guardian que a variante H5N1 tornou-se uma “pandemia zoonótica – animal – global”.
  • Para Farrar, a maior preocupação é que o vírus evolua e desenvolva a capacidade de transmissão entre humanos, destacou em relatório das Nações Unidas.
vacas em campo verde
No início de abril, o Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas, nos EUA, reportou o segundo caso de pessoa infectada com o vírus da gripe aviária H5N1 no país. Imagem: Pixabay

O surto atual começou em 2020 e resultou na morte de dezenas de milhões de aves em todo o mundo. Recentemente, o vírus foi detectado em gado doméstico nos EUA e, no início deste mês, foi relatado que uma pessoa no Texas que testou positivo para H5N1 após entrar em contato com gado possivelmente infectado.

Esta foi apenas a segunda pessoa com resultado positivo para gripe aviária H5N1 nos EUA. O caso anterior foi registrado no Colorado em 2022. O caso humano mais recente, por sua vez, ocorreu em março deste ano no Vietnã. Em todo o mundo, um total de 889 casos e 463 mortes foram notificados entre 2003 e 1º de abril de 2024, segundo a OMS. Isso coloca a taxa de letalidade em 52 por cento.

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Enfermeiro vestido com equipamento de segurança segurando galinha
(Imagem: Peter Garrard Beck/Getty Images)

A propagação em mamíferos, alertou Farrar, é particularmente preocupante. Quando “você entra na população de mamíferos, você se aproxima dos humanos”, disse, “este vírus está à procura de novos hospedeiros”, acrescentou.

Felizmente, ainda não há provas de que o H5N1 possa se espalhar entre humanos e vacinas e terapias já estão em desenvolvimento”: “Temos que garantir que, se o H5N1 chegar com transmissão entre humanos, estaremos em posição de responder imediatamente com acesso a vacinas, terapias e diagnósticos”, finalizou Farrar.

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As informações são do Iflscience.