A Astronomia é uma ciência fascinante com suas descobertas e mistérios do Universo e milenarmente nos cativa com relatos, experiências e imagens. E entre tantos fenômenos, o pulsar é um dos mais impactantes.

Um pulsar é um tipo especial de estrela de nêutrons que gira muito rápido e emite raios de ondas de rádio. Os pulsares são altamente magnetizadas que se formam quando uma estrela é mais massiva que o Sol. 

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Os pulsares são os objetos celestes mais densos que podemos observar. Os seus campos magnéticos são tão fortes que eles canalizam os lançamentos de partículas em seus dois polos para produzir feixes de luz tão poderosos que, à medida que giram, podem ser vistos da Terra com o uso de um telescópio adequado. 

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Os pulsares são estrelas variáveis. Os pulsares de raios X são observados usando-se telescópios de raios X que são satélites em baixa órbita da Terra. 

Representação artística de um pulsar: uma estrela de nêutrons que, em virtude de seu intenso campo magnético, transforma a energia rotacional em energia eletromagnética. Crédito: Jurik Peter/Shutterstock

Pode parecer um conceito um tanto abstrato, como vários outros estudados pela Ciência, mas podemos comparar os pulsares como um farol capaz de guiar um navegante em mares vastos e escuros. Os pulsares também podem ser guias na imensidão de um oceano cósmico que é o Espaço.

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O primeiro pulsar foi descoberto em 28 de novembro de 1967 pela astrofísica britânica Jocelyn Bell Burnell e pelo radioastrônomo Anthony Hewish. O pulsar, também conhecido como PSR B1919+21 ou PSR J1921+2153, está localizado na constelação de Vulpecula. A descoberta foi quase acidental e permitiu uma melhor compreensão do processo de evolução das estrelas. 

Os pulsares são um tipo de estrela de nêutrons que se formam quando o núcleo de uma estrela maciça é comprimido durante uma supernova. Os pulsares giram sobre si mesmos e emitem feixes de luz que se cruzam com a face visível da Terra milhares de vezes por hora. 

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O que são estrelas de nêutrons

As estrelas de nêutrons são corpos celestes que se formam a partir da explosão termonuclear de estrelas com massa oito vezes superior à do Sol. São compostas quase que inteiramente de nêutrons, que são partículas subatômicas sem carga elétrica. 

São pequenas, porém extremamente quentes e densas, apresentam altíssimas gravidades e podem ter campos magnéticos extremos. Têm uma ou até duas vezes a massa do Sol comprimida numa bola com 10 km de raio. O resultado é uma densidade altíssima: uma caneca desse material pesa o mesmo que o Everest. 

São os objetos mais densos que conhecemos (fora buracos negros). É provável que muitas estrelas de nêutrons no espaço não consigam ser detectáveis,  pelo tamanho e pelo baixo nível de radiação que emitem. Mas sim, há condições em que elas podem ser facilmente observadas, como pulsares. 

Segundo informações da Nasa, muitas estrelas de nêutrons são frequentemente observadas como pulsares, mas nem todas realmente são. 

Ilustração do Pulsar de Vela lançando partículas em velocidades relativísticas pelo seu campo magnético
Ilustração do Pulsar de Vela lançando partículas em velocidades relativísticas pelo seu campo magnético (Crédito: Laboratório de Comunicação Científica para DESY)

O maior pulsar já registrado é o Pulsar Vela e fica a uma distância de 800 anos-luz da Terra. É um dos mais próximos de nós já detectado. Com diâmetro de 20 km, completa uma volta em torno de seu próprio eixo 11 vezes por segundo.

Por que o pulsar pulsa?

Os pulsares não pulsam realmente, mas criam a impressão de que sim com o que é conhecido como “efeito-farol”. 

À medida que o pulsar gira, as partículas carregadas que o compõem movem-se rapidamente, gerando um grande campo magnético. Quando as partículas circundantes entram nesse campo, elas são aceleradas, criando um jato de radiação que emana dos polos da estrela de nêutrons. 

Se um dos jatos estiver apontando para a Terra, devido a rotação da estrela, teremos a impressão de que a estrela pulsa.