Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Instrumentação e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) usaram cascas de banana para criar um bioplástico que pode ser utilizado para embalar alimentos. Um artigo sobre a criação foi publicado no Journal of Cleaner Production em janeiro deste ano.

Entenda:

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  • Pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da UFSCar desenvolveram um bioplástico feito com cascas de banana;
  • Com propriedades antioxidantes e proteção contra luz UV, o filme pode ser usado para embalar alimentos propensos a sofrer oxidação;
  • As cascas são pré-tratadas tratadas com água ou uma solução ácida diluída, e o bioplástico atinge desempenho superior ou igual a processos semelhantes que podem ser mais caros e demorados;
  • Os pesquisadores agora estudam aprimorar algumas propriedades do material e sua produção em escala-piloto para torná-lo mais atrativo à indústria;
  • As informações são do Journal of Cleaner Production, da Embrapa e da Agência FAPESP.
(Imagem: Mariana Franzoni / Divulgação)

As cascas de banana foram pré-tratadas com água ou uma solução ácida diluída e transformadas em bioplásticos com desempenho igual ou superior a outros processos semelhantes – incluindo alguns mais caros e demorados. O material possui propriedades antioxidantes, proteção contra luz ultravioleta (UV) e não gera nenhum tipo de resíduo.

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Equipe busca aprimorar propriedades do bioplástico de casca de banana

O projeto foi motivado pela redução de lixo gerado pelo descarte das cascas, como explica o engenheiro químico Rodrigo Duarte Silva, que desenvolveu o bioplástico em seu pós-doutorado sob supervisão de Henriette Monteiro Cordeiro de Azeredo, pesquisadora da Embrapa. “O aproveitamento como filme bioplástico é uma oportunidade de valorizar esse resíduo e diminuir o impacto ambiental associado ao uso de plásticos não biodegradáveis.”

(Imagem: Maria Fernanda / Divulgação)

O material possui uma cor amarronzada e espessura micrométrica, e pode ser usado como embalagem primária de produtos propensos a sofrer oxidação. Com resultados promissores, os cientistas buscam aprimorar algumas propriedades do bioplástico – como interação com a água.

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Agora, para tornar o processo ainda mais atrativo à indústria, os esforços da equipe estão voltados ao desenvolvimento do bioplástico em escala-piloto.