Existe uma teoria, conhecida como panspermia, que acredita que a vida se espalha pelo cosmo, viajando de planeta em planeta, através de meteoritos. Agora, pesquisadores apontaram formas de identificar planetas que receberam essa “entrega”.

Para quem tem pressa:

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  • Se a vida se originou em algum lugar e se espalhou pelo universo através de cometas, provavelmente existem semelhanças nos extraterrestres de diferentes mundos;
  • Por causa disso, as mudanças que essa vida causa nesses planetas provavelmente são semelhantes;
  • Assim, os pesquisadores sugerem que encontremos planetas que possuem propriedades semelhantes.

Atualmente, segundo a NASA, mais de 5 mil exoplanetas foram identificados e esse número cresce cada vez mais. Nenhuma prova de vida ainda foi encontrada nesses mundos, mas os astrônomos acreditam serem neles que estão as maiores chances dela ser encontrada.

Ilustração digital de exoplaneta com estrela ao longe semelhante ao Sol
Com tantos exoplanetas, é díficil pensar que estamos sozinhos (Crédito: Artsiom P/Shutterstock)

O problema é que os pesquisadores não sabem exatamente o que estão buscando. O único planeta onde sabemos que existe vida é aqui na Terra, no entanto, ela pode assumir diferentes formas em toda a galáxia. Embora existam algumas chances de que a vida em outros planetas seja semelhante a daqui, é provável que seja muito diferente.

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A forma de identificar a vida

Dois astrônomos, em uma pesquisa publicada no ArXiv, apontam que ao invés de procurar como a vida seria, deveríamos procurar o que ela poderia causar nesses outros planetas. A ideia é detectar vida a partir da panspermia: se ela começou em algum lugar e se espalhou pelo Universo através de meteoritos, as alterações causadas por elas nesses mundos podem ser minimamente semelhantes.

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Por exemplo, aqui na Terra, os níveis de oxigênio seriam muito menores se não houvesse vida aqui, assim como outras propriedades também são atribuídas a isso. Dessa forma, a partir da panspermia, outros planetas que abrigam vida deveriam ter passado por essas mudanças, desde que o primeiro ser vivo deixou o exoplaneta original. Procurar por um aglomerado de planetas com características semelhantes é a sugestão da pesquisa.

Imagem: Ilustração de um exoplaneta capaz de abrigar vida humana.
Se a panspermia estiver certa, os efeitos da vida em outros exoplanetas são semelhantes (Créditos: Om.Nom.Nom/Shutterstock)

No estudo, os cientistas mostraram que estatisticamente, se forem identificadas propriedades suficientes, seria possível encontrar esses aglomerados de planetas que se destacam de todos os outros. Apesar de haver limitações devido ao fato da panspermia ser uma hipótese não testada e ser preciso recolher muitos dados sobre esses planetas, a hipótese permite descobrir potenciais assinaturas de vida, sem saber exatamente como ela funciona.