No centro de quase todas as galáxias, existe um buraco negro supermassivo. A maioria vive uma existência tranquila, mas ocasionalmente esses “discos” podem ficar ativos. Um estudo aponta que buracos negros menores ao redor do principal podem começar a interagir, causando uma espécie de “engarrafamento”.

O novo trabalho planeja compreender como é o ambiente dentro destes discos e como podem gerar ou não colisões entre buracos negros.

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O que foi descoberto até aqui

  • O gás nos discos e estes buracos negros interagem de maneiras intrigantes, que fazem com que esses objetos extremamente densos migrem para zonas específicas.
  • Os pesquisadores estão chamando essas interseções de “armadilhas de migração”.
  • É aí que acontecem os engarrafamentos do buraco negro.
  • À medida que a população de buracos negros estelares nessas regiões aumenta, também aumenta a probabilidade de colisões.
  • Essas armadilhas são bastante suscetíveis às propriedades do buraco negro supermassivo.
Crédito da imagem: NASA/Goddard Space Flight Center

Observamos quantos e onde teríamos esses cruzamentos movimentados. Os efeitos térmicos desempenham um papel crucial neste processo, influenciando a localização e a estabilidade das armadilhas de migração (…) Uma implicação é que não vemos armadilhas de migração ocorrendo em galáxias ativas com grande luminosidade” – Dr. Evgeni Grishin, da Universidade Monash e autor principal do estudo, em comunicado.

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Representação artística de um buraco negro. Crédito: Marc Ward – Shutterstock

A importância de estudar os buracos negros supermassivos

Buracos negros supermassivos e seus discos de acreção (estrutura formada por materiais difusos em movimento orbital ao redor de um corpo central) são um foco importante da astrofísica e podem moldar a evolução das suas galáxias.

Segundo o Dr. Grishin, apesar das descobertas significativas, “muito sobre a física dos buracos negros e dos seus ambientes circundantes, permanece desconhecido“: “Estamos entusiasmados com os resultados e agora estamos um passo mais perto de descobrir onde e como os buracos negros se fundem nos núcleos galácticos. O futuro da astronomia de ondas gravitacionais e da pesquisa de núcleos galácticos ativos é excepcionalmente promissor”, concluiu.

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O trabalho foi publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. As informações são do Iflscience.