A relação entre saúde mental e a natureza não é um tema novo nas investigações científicas. Mas, até agora, as pesquisas direcionadas especificamente para o contexto urbano ainda eram poucas. Um grupo de cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong decidiu aprofundar-se no tema e descobriu que viver próximo de áreas verdes, como parques, pode reduzir o risco de ansiedade e depressão.

Os resultados da análise de dados de mais de 409.556 habitantes chineses disponíveis no banco de dados UK Biobank foram publicados na Nature Mental Health.

publicidade

Parques promovem saúde mental

  • Para entender o impacto da natureza na saúde mental em um contexto urbano, os pesquisadores levaram em conta dois fatores.
  • A distância entre os habitantes de uma determinada região e as áreas verdes, juntamente com sua autopercepção de bem-estar e eventos como hospitalizações e mortes.
  • Eles avaliaram a vegetação ao redor das casas considerando diferentes distâncias e combinaram com os registros de saúde mental e física ao longo de cerca de 12 anos.
  • Os resultados indicam que viver próximo a áreas verdes, como parques, pode reduzir o risco de depressão e ansiedade.
  • A qualidade do ar pode ter um papel importante nisso, segundo Yaohua Tian, um dos pesquisadores.

Leia mais:

Incentivo à expansão de áreas verdes

Tian explicou ao Medical Xpress que as conclusões sugerem que se os espaços verdes fossem ampliados nos grandes centros urbanos, provavelmente haveria uma melhoria significativa na saúde mental da população. A expectativa é que este estudo inspire outros do tipo e sirva de base para estimular governos a investir em novos parques ou a expandir os espaços arborizados já existentes.

publicidade

Os planos dos pesquisadores agora são replicar a pesquisa em outras regiões da China. “Também estamos considerando a realização de estudos de detecção sorológica para explorar ainda mais os mecanismos fisiológicos que ligam os ambientes verdes à saúde mental”, disse Tian.