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O organismo celular Naegleria fowleri se encontra entre os mais mortais parasitas humanos. Pesquisadores, entre eles Matthias Horn e Patrick Arthofer, do Centro de Microbiologia e Ciência de Sistemas Ambientais da Universidade de Viena (CeMESS) (Áustria), em colaboração internacional com outros pares, descobriram um vírus que infecta esse micróbio nocivo.
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Chamados Naegleravirus, eles pertencem aos chamados vírus gigantes, grupo que possui partículas grandes e genomas complexos. A descoberta foi publicada na Nature Communications.
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O que são os Naegleri, vírus que infectou parasita mortal
- Conforme o Phys.org, as espécies de Naegleri são amebas unicelulares, que se encontram mundialmente em corpos d’água;
- Uma delas, a Naegleria fowleri, que sobrevive em águas quentes acima de 30 °C, causa meningocenfalite amebiana primária (PAM, na sigla em inglês), infecção cerebral rara e fatal;
- Horn e Arthofer isolaram vírus gigantes que infectam diversas espécies de Naegleria;
- Os vírus gigantes (Nucleocytoviricota) são grupo de vírus identificado há duas décadas e infectam, em especial, organismos unicelulares;
- Eles rivalizam em tamanho com as bactérias, ostentando estruturas únicas e características genéticas que, antes, se considerava exclusivas da vida celular;
- Sua descoberta gerou debates sobre a definição de vírus e as origens da vida.

“Os recém-descobertos Naegleriavírus foram isolados de uma estação de tratamento de águas residuais em Klosterneuburg, perto de Viena [Áustria], e representam apenas o quarto isolado de um grupo chamado Klosneuvírus”, diz Arthofer.
A descoberta, junto à caracterização dos vírus Naegleria, foram possíveis graças à colaboração com investigadores das universidades de Poitiers (Ilhas Canárias) e do Joint Genome Institute (EUA).
Naegleriavírus são considerados erroneamente como fonte de alimento, porém, destroem suas hospedeiras amebas em questão de horas. Sua estrutura é familiar a dos vírus gigantes e infectam células hospedeiras por meio de uma estrutura chamada stargate.
Ela facilita a entrada do DNA e, em questão de horas, uma estrutura conhecida como “fábrica de vírus” se forma dentro da célula da ameba, replicando o material genético viral fora do núcleo e reunindo centenas de novas partículas vivas.
De forma a manter a célula hospedeira viva durante o processo, os Naegleriavírus, possivelmente, usam proteínas especiais responsáveis por suprimir a resposta imunitária natural da célula-alvo, evitando sua morte antes do tempo.
É apenas após a replicação viral bem-sucedida que ocorre a destruição celular e a liberação dos vírus. Eles são utilizados na terapia fágica para combate de patógenos bacterianos.
Os Naegleriavírus recentemente identificados podem não ser adequados para tratar infecções por Naegleria, dada a difícil acessibilidade do cérebro, onde ocorrem as infecções. No entanto, esta descoberta abre portas para a possibilidade de tratamento preventivo de corpos d’água em risco, como durante o tratamento de água de piscina, mas, primeiro, isso exigiria mais pesquisas. Independentemente disso, a descoberta desses vírus melhorará nossa compreensão da biologia do Naegleria e dos vírus que os infectam.
Matthias Horn, pesquisador do Centro de Microbiologia e Ciência de Sistemas Ambientais da Universidade de Viena (CeMESS) (Áustria)