Em um intervalo de apenas 24 horas, o Sol sofreu 17 explosões, sendo 15 delas na mesma região ativa – a mancha solar AR3654, que, no momento, tem cerca de três vezes o tamanho da Terra. Das erupções ocorridas na estrela no período, 15 foram da classe C (tipo mais fraco) e duas M (moderado) – ambas na mancha de maior prevalência. 

Vamos entender:

publicidade
  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • A classe M, no caso, denota os clarões de média intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
  • Um M2 é duas vezes mais intenso que um M1, um M3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. 

Leia mais:

Saiba como ver a mancha solar AR3654

De acordo com o guia de observação astronômica Earthsky.org, o evento mais poderoso foi uma explosão M3.7, que se deu às 21h54 (pelo horário de Brasília) de domingo (28). Quase meia hora antes, aconteceu a outra explosão M, mas esta, um pouco mais fraca, classificada como M2.5. Os dois eventos produziram um apagão de rádio nível R1 (fraco) sobre o Oceano Pacífico

publicidade

É possível ver a mancha AR3654 usando óculos de eclipse. Por estar localizada perto do equador no hemisfério ocidental do Sol, ao explodir, ela pode lançar material solar diretamente para a Terra.

Até terça-feira (30), as chances de surtos C são de 99%, com 35% de chance de surtos M e 5% para surtos X de 5%. Até o momento, não foram observadas CMEs disparadas de nenhuma das 17 erupções ocorridas.