Em breve, astronautas poderão usar internet 4G na Lua. A saudosa Nokia será a responsável pelo feito. A companhia finlandesa está desenvolvendo um sistema de comunicações e pode lançar a primeira parte da rede móvel ainda em 2024 como parte da missão IM-2 da Intuitive Machines, programada para pousar no polo sul da Lua.

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4G na Lua

  • Em 2020, a NASA concedeu contratos a 14 empresas para desenvolver tecnologias de “ponto de inflexão” para apoiar o programa Artemis.
  • A Nokia recebeu US$ 14,1 milhões para construir a primeira rede celular na Lua.
  • Em vez de desenvolver tecnologia totalmente nova, a Nokia está adaptando o seu hardware existente ao ambiente lunar para testar sua viabilidade.
  • A rede, se bem sucedida, pode eventualmente ser adaptada para Marte e um dia atualizada para o 5G.
Nokia terá rede 4G na superfície lunar. Imagem: Divulgação/Nokia/Intuitive Machines

Em vez de ‘reinventar a roda’ criando uma rede proprietária no espaço, estamos aproveitando as mesmas tecnologias de ponta que conectam bilhões de smartphones na Terra”, disse Thierry Klein, presidente da Bell Labs Solutions Research da Nokia, em comunicado. “As comunicações serão um componente crucial de qualquer futura missão“, acrescentou.

Mais largura de banda

Se tudo correr conforme o planejado, a rede lunar 4G/LTE da Nokia fornecerá mais largura de banda do que os sistemas tradicionais de frequência ultra-alta (UHF) usados ​​para comunicação espacial. Não só tornaria as comunicações mais rápidas de astronauta para astronauta, mas também para sistemas robóticos na Lua.

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O executivo espera que a escala das operações na Lua sofra um boom nos próximos 20 anos: “Haverá múltiplas missões dirigidas por diferentes agências espaciais e até empreendimentos comerciais“, disse. “(…) eles precisarão usar a mesma infraestrutura para interligar as diferentes bases na superfície lunar“.

Mas nem todos aprovam a ideia de uma rede celular na lua. Segundo o Space, radioastrônomos temem que tal rede possa gerar interferência de radiofrequência (RFI). Ainda assim, certamente grandes empresas como a Nokia devem adotar medias para proteger certas frequências para contornar o problema.