A Áustria solicitou nesta segunda-feira (29) em conferência mais esforços para regular o uso de inteligência artificial (IA) em armas militares. As autoridades temem que a tecnologia possa contribuir com a criação de “robôs assassinos”.

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Armas com IA serão cada vez mais comuns

  • Com o rápido avanço da IA, o uso de armas que podem matar sem intervenção humana será mais comum em breve, dizem as autoridades.
  • Essa tendência levanta desafios éticos e legais que precisam ser resolvidos com urgência, aponta o ministro das Relações Exteriores austríaco, Alexander Schallenberg.
  • Agora é o momento de chegar a acordo sobre regras e normas internacionais para garantir o controle humano (sobre a IA)“, disse o ministro.
robos assassinos
(Imagem: Markus Stappen/ Shutterstock)

No discurso de abertura da conferência sobre “Sistemas de Armas Autônomas e o Desafio da Regulamentação”, o ministro comentou que as máquinas não podem decidir sozinhas quem vive ou morre na guerra.“Pelo menos vamos garantir que a decisão permaneça nas mãos humanas e não das máquinas”, comentou.

Não queremos ver falhas acelerando ao atribuir a responsabilidade pelo controle da violência às máquinas e algoritmos,” adicionou a presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric. “É importante agir rapidamente”.

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Já vimos a IA cometendo erros (…) Devemos ser extremamente cautelosos ao confiar na precisão destes sistemas, seja nos setores militar ou civil”, disse também Jaan Tallinn, programador de software.

A reunião de organizações não-governamentais e internacionais ocorre em Viena e envolve 143 países. As informações são da Reuters.

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Inteligência artificial no campo de batalha

Vale mencionar que a inteligência artificial já está presente nos confrontos militares. Alguns drones usados na Ucrânia, por exemplo, já são projetados para encontrar sozinhos o caminho até o alvo.

Os Estados Unidos estão avaliando se militares israelenses também têm usado IA para identificar alvos de bombardeios em Gaza.