Os drones estão cada vez mais presentes nos campos de batalha (seja na guerra entre Rússia e Ucrânia ou nos conflitos no Oriente Médio). Mais simples e baratos do que outras tecnologias militares, estes equipamentos ainda são mais acessíveis e estão disponíveis para tropas de quase todo o mundo. Além disso, os avanços promovidos pela inteligência artificial podem deixar estas armas ainda mais eficazes nas guerras futuras.

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Drones militares
Drones podem mudar equilíbrio atual das guerras (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Drones militares já são uma realidade

A Ucrânia tem utilizado drones para realizar diversos ataques (muitos bem-sucedidos) contra a frota naval russa no Mar Negro. No início de fevereiro, por exemplo, equipamentos marítimos não tripulados afundaram o navio de guerra Ivanovets, avaliado em US$ 70 milhões (quase R$ 350 milhões).

Por outro lado, drones desenvolvidos pelo Irã foram adicionados ao arsenal da Rússia e são constantemente empregados em bombardeios realizados contra o território ucraniano. A tecnologia iraniana ainda foi utilizada durante um ataque que matou três militares dos Estados Unidos em uma base na Jordânia no final de janeiro deste ano.

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Neste caso específico, os drones, que são produzidos pelo Shahed Aviation Industries Research Center, uma empresa iraniana administrada pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, custam “apenas” cerca de US$ 20 mil (menos de R$ 100 mil).

Os equipamentos também estão servindo ao propósito dos houthis, grupo rebelde iemenita. Eles têm utilizado as tecnologias para atacar navios civis e militares no Golfo de Áden, causando prejuízos bilionários ao comércio internacional.

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Ou seja, a eficácia dos drones nos ataques, combinada ao baixo custo de produção e compra, faz destes equipamentos uma verdadeira revolução militar. Mas especialistas concordam que o ápice da tecnologia ainda está por vir.

Inteligência artificial do filme Odisséia no Espaço
Inteligência artificial pode aumentar ainda mais a eficácia dos ataques com drones (Imagem: Reprodução)

IA provocará revolução militar

  • O avanço da IA permitirá que enxames de drones sejam guiados para o alvo com ainda mais precisão.
  • E até mesmo poderá “driblar” defesas existentes em navios de guerra, por exemplo.
  • Isso, dizem os analistas, levará os ataques com drones a outra escala de magnitude, o que pode, inclusive, mudar o equilíbrio militar atual.
  • Nações que dependem de sistemas grandes e caros, como porta-aviões, aeronaves ou mesmo tanques de guerra, podem se ver vulneráveis contra um adversário que implanta uma variedade de armas não tripuladas de baixo custo, facilmente dispersas e de longo alcance.
  • É por isso que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está investindo fortemente na criação de um exército de drones militares.
  • Além disso, já está pesquisando uma “interface cérebro-computador”, uma via de comunicação direta entre os soldados humanos e uma IA.
  • Veremos como outros países irão se comportar neste sentido.
  • As informações são do The Wall Street Journal.