Imagem: Ray Troll/Universidade de Oregon
Um novo estudo aponta que um salmão pré-histórico tinha dentes semelhantes a presas que se projetavam de ambos os lados da sua boca. Capaz de atingir 2,7 metros de comprimento, o Oncorhynchus rastrosus é o maior salmão já conhecido a viver na Terra, tendo mais do que o dobro do tamanho do Chinook (Oncorhynchus tshawytscha), seu parente mais recente.
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Descrito pela primeira vez na década de 1970, o Oncorhynchus rastrosus teria nascido em rios e riachos de água doce, mas passou a maior parte de sua existência no mar, retornando apenas para desovar.
Os primeiros fósseis do animal antigo foram coletados na Califórnia e no Oregon, mas não estavam completos, com os dentes separados do resto do crânio. Foi isso que acabou confundindo os pesquisadores num primeiro momento.
Na década de 2010, cientistas encontraram evidências de a dentição deste enorme salmão projetava-se para os lados, e não para baixo. Em 2014, pesquisadores encontraram novos fósseis da espécie, desta vez com a mandíbula ainda conectada aos dentes.
Era o fim de qualquer dúvida. Exames de tomografia computadorizada revelaram características específicas na mandíbula superior que confirmaram que os dentes teriam se estendido lateralmente para longe da face.
Apesar de seu grande tamanho, o Oncorhynchus rastrosus provavelmente foi um alvo para carnívoros daquela época. Além disso, ao contrário do salmão Chinook, cujas dietas consistem principalmente em outros peixes, estes animais pré-históricos se alimentavam de plâncton, sugando as criaturas microscópicas através de rastros branquiais semelhantes a peneiras.
Por isso, os pesquisadores ainda não sabem qual era o propósito dos dentes semelhantes a presas. Eles podem ter ajudado o animal a se defender de predadores, competir com rivais e/ou cavar ninhos no leito do rio, de acordo com o estudo.
Esta post foi modificado pela última vez em 3 de maio de 2024 18:11