Apesar dos estragos provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul desde o último sábado (27), meteorologistas preveem uma situação de “gravidade extrema” para os próximos dias na região. Uma das explicações para os fenômenos climáticos intensos que atingem o estado é a onda de calor que atua em parte do Brasil.
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O que está causando chuvas tão intensas?
- De acordo com os mapas meteorológicos, a onda de calor que afeta a maior parte do Paraná e do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso impede a passagem de uma frente fria que atua no Rio Grande do Sul.
- Em função disso, o ar úmido e instável tem ficado “estacionado” no Sul do Brasil.
- Os meteorologistas explicam uma frente fria entrou pelo Oeste e o Sul do estado gaúcho, provocando chuvas torrenciais.
- A projeção é de 150 mm a 300 mm de chuva nos próximos dias.
- A situação gera riscos de novas inundações e deslizamentos de terra, já que algumas cidades do RS já registraram quase 500 mm de chuva desde sábado.
- As informações são da MetSul Meteorologia.
Maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul
Nesta quarta (1º), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que a situação já é pior do que a registrada em setembro de 2023 e é o “maior desastre do estado”. O governo do estado fez um apelo para que a população das áreas mais afetadas deixem suas casas o quanto antes. “Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates”, disse Eduardo Leite.
De acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, os fortes temporais já deixaram 10 mortos e 21 desaparecidos. Onze pessoas ficaram feridas, 1.072 estão desabrigadas e mais de 3.400 desalojadas. No total, são 114 municípios gaúchos afetados.
Os estados de Santa Catarina e São Paulo já anunciaram o envio de homens, viaturas, helicópteros e embarcações para ajudar as autoridades gaúchas. O exército também está enviando aeronaves e militares para ajudar nos resgates.
O presidente Lula estará no Rio Grande do Sul nesta quinta. Ele será acompanhado de ministros e vai monitorar as ações de enfrentamento dos danos causados pelas chuvas.
Em 2023, uma série de desastres climáticos causou uma verdadeira devastação no estado. Foram registradas 16 mortes em junho, 54 em setembro e outras 5 em novembro.