Neste domingo (5), o agrupamento de manchas solares designado AR3663 desencadeou 10 erupções, sendo oito de grau moderado (M) e duas de grau forte (X). O vídeo abaixo, registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, mostra 12 horas de ação explosiva:

Crédito: NASA / SDO / AIA / EVE /HMI Science Teams / helioviewer.org/Reprodução

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, em razão dessas explosões, houve um apagão de rádio na Terra, causando perda de sinal em frequências abaixo de 30 MHz. Estes são eventos facilmente percebidos por operadores de radioamador, aviadores e marinheiros que usam ondas curtas para se comunicar.

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Vamos entender:

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
  • Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. 

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CME lançada por explosões solares extremas ainda não está confirmada

Em relação às explosões mais fortes ocorridas no aglomerado ativo AR3663, uma X1.3 se deu às 3h01 (pelo horário de Brasília) e uma X1.2 irrompeu às 8h54. Como consequência, espera-se que uma CME esteja a caminho. 

Isso porque a enxurrada de explosões solares das classes X e M naquela área hiperativa provavelmente lançou material solar em direção à Terra. A confirmação aguarda dados coronagráficos do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA).

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Essa região do Sol tem um campo magnético ‘beta-gama-delta’ onde polaridades mistas estão colidindo em proximidade explosiva. Os meteorologistas da NOAA estimam 90% de chance de explosões de classe M e 50% de chance de explosões X para esta segunda-feira (6).