O submarino militar dos EUA conhecido como Manta Ray, que parece uma gigantesca arraia de metal (daí o nome), completou seu primeiro grande teste no mar. É o que informa um comunicado da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa), publicado no domingo (05).

Submarino Manta Ray passa por testes nos EUA

  • O submarino Manta Ray, semelhante a uma arraia gigante de metal e desenvolvido pela Northrop Grumman, completou seu primeiro grande teste no mar, conforme anunciado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa) dos EUA. O teste ocorreu na costa sul da Califórnia entre fevereiro e março de 2024;
  • O programa Manta Ray, em desenvolvimento há cinco anos, visa criar uma nova classe de Veículos Subaquáticos Não Tripulados (UUVs) caracterizados por longa duração, longo alcance e alta capacidade de carga. Este projeto busca ampliar as capacidades operacionais subaquáticas dos EUA;
  • Durante os testes, o Manta Ray demonstrou várias capacidades importantes, incluindo propulsão e direção. O submarino utiliza uma técnica de movimento impulsionada pela flutuabilidade conhecida como planagem. Além disso, possui baias de carga que suportam diferentes tamanhos e tipos de conjuntos de missões navais;
  • A Darpa e a Marinha dos EUA planejam testes adicionais para o Manta Ray, integrando-o ao uso crescente de veículos não tripulados e inteligência artificial (IA) em operações marítimas.

Desenvolvido pela Northrop Grumman, este protótipo não tripulado – ou seja, é uma espécie de drone subaquático – passou por “testes completos em água” na costa do sul da Califórnia entre fevereiro e março de 2024, informou a Darpa.

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Manta Ray quer criar ‘nova classe’ de submarino

Homens em cima de submarino Manta Ray, com formato de arraia, durante teste no mar
(Imagem: Divulgação)

O programa Manta Ray, em desenvolvimento há cinco anos pela Darpa, tem como objetivo criar uma “nova classe de UUVs [Veículo Subaquático Não Tripulado] de longa duração, longo alcance e capacidade de carga”.

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Os testes realizados avaliaram várias capacidades do Manta Ray (detalhadas no site da Northrop Grumman), incluindo propulsão e direção. A Darpa testou a flutuabilidade do veículo, suas hélices e superfícies de controle enquanto ele estava submerso. 

Kyle Woerner, gerente do programa Manta Ray na Darpa, falou sobre os resultados dos testes. “Nossos testes bem-sucedidos do Manta Ray em escala real validam a prontidão do veículo para avançar em direção a operações reais”, disse ele. 

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Como o submarino Manta Ray funciona (e quais suas vantagens)

Submarino Manta Ray, com formato de arraia, no mar
(Imagem: Divulgação)

Woerner também mencionou que a montagem modular do veículo demonstra uma capacidade inédita para um UUV de tamanho extra-grande.

O sistema de montagem do Manta Ray permite que ele seja enviado e montado facilmente, proporcionando uma implantação rápida em qualquer local. Isso conserva energia que seria usada durante o trânsito até a área de operação, tornando-o uma solução eficiente em termos energéticos.

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O veículo utiliza uma técnica de movimento impulsionada pela flutuabilidade, conhecida como planagem, para se deslocar pela água. 

Além disso, o submarino tem várias baias de carga que suportam diferentes tamanhos e tipos de conjuntos de missões navais, permitindo uma ampla variedade de operações.

Assista abaixo um vídeo demonstrativo sobre o Manta Ray:

EUA usam vários tipos de veículos não tripulados

Agora, a Darpa e a Marinha dos EUA planejam os próximos passos para testar ainda mais o Manta Ray. 

A Marinha já usa vários tipos de UUVs, USVs (veículos de superfície não tripulados) e UAVs (veículos aéreos não tripulados) – os drones – para missões de reconhecimento e coleta de inteligência.

No Oriente Médio, por exemplo, a iniciativa Força-Tarefa 59 da Marinha dos EUA explora a integração de sistemas não tripulados e inteligência artificial (IA) com operações marítimas. 

Este programa tem o objetivo de fornecer aos EUA mais opções de vigilância e dissuasão, enfatizando a crescente importância de plataformas autônomas nas estratégias de defesa modernas.