Um estudo publicado na revista Classical and Quantum Gravity sugere que as dobras espaciais podem estar mais próximas da realidade do que acreditávamos. A tecnologia é especialmente explorada na franquia Star Trek, e permite realizar viagens acima da velocidade da luz ao manipular a estrutura do espaço-tempo.

Entenda:

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  • Um novo estudo sugere que as dobras espaciais – bastante exploradas em filmes de ficção científica, como Star Trek – podem chegar à vida real;
  • A tecnologia manipula a estrutura do espaço-tempo para permitir viagens acima da velocidade da luz;
  • Um estudo publicado em 1994 sugeria a necessidade de energia negativa para o funcionamento das dobras. O novo estudo, porém, contraria essa hipótese;
  • O modelo mistura técnicas gravitacionais tradicionais e novas para criar uma bolha de dobra capaz de transportar objetos em altas velocidades – sem atingir, entretanto, velocidade superior à da luz;
  • O novo estudo ainda precisa ser confirmado por outros cientistas, mas a equipe destaca que o trabalho é um passo importante na busca por viagens interestelares eficientes;
  • O artigo foi publicado na revista Classical and Quantum Gravity.
(Imagem: NBC / Reprodução)

O novo artigo contraria uma hipótese proposta pelo físico Miguel Alcubierre em 1994. No estudo, Alcubierre explica o possível funcionamento das dobras espaciais na vida real, apresentando o “impulso de Alcubierre” – que aborda a necessidade de energia negativa ou o aproveitamento da energia escura para torná-las realidade.

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Novo estudo pode ajudar a criar dobras espaciais no futuro

Como explicam os cientistas no artigo, o novo modelo usa “uma mistura sofisticada de técnicas gravitacionais tradicionais e novas para criar uma bolha de dobra que pode transportar objetos em altas velocidades dentro dos limites da física conhecida”. O motor proposto não seria capaz de alcançar uma velocidade mais rápida que a luz, mas chegaria bem perto.

O que é nebulosa?
(Imagem: IvaFoto / Shutterstock)

A matemática do novo estudo ainda precisa ser confirmada por outros investigadores, mas a equipe acredita que o trabalho seja um passo importante para apoiar outras pesquisas na busca por jornadas interestelares eficientes.

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“Embora ainda não estejamos nos preparando para viagens interestelares, esta pesquisa anuncia uma nova era de possibilidades”, explica Gianni Martire, CEO da Applied Physics, no estudo. “Continuamos a fazer progressos constantes à medida que a humanidade embarca na era das dobras.”