O que aconteceria se alguém entrasse em um buraco negro? Por mais de cem anos, quando descobrimos sobre a existência desses espaços, essa questão permaneceu um mistério, mas uma nova simulação da NASA – criada com base em dados atuais – pode fornecer o melhor palpite sobre uma viagem ao interior dos buracos negros até agora.

(Imagem: NASA / Reprodução)

Entenda:

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  • A NASA criou uma simulação que mostra uma viagem ao interior de um buraco negro;
  • O cenário foi criado em um supercomputador com base em dados atuais, e pode fornecer o melhor palpite sobre o interior dos buracos negros até agora;
  • A simulação mostra duas possibilidades diferentes: em uma delas, a câmera erra o horizonte de eventos e dispara de volta; na outra, ela viaja até a singularidade do buraco negro;
  • A criação foi baseada em Sagitário A*, buraco negro supermassivo central da Via Láctea.

Confira o vídeo da simulação que simula um voo ao redor de um buraco negro:

Agora, veja como seria um voo para dentro de um buraco negro:

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A simulação foi feita em um supercomputador pelo astrofísico Jeremy Schnittman, do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA. “Simulei dois cenários diferentes, um em que uma câmera – um substituto para um astronauta ousado – erra o horizonte de eventos e dispara de volta, e outro em que cruza a fronteira, selando seu destino”, explica Schnittman em um comunicado.

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Como funciona a simulação de buraco negro da NASA

Schnittman já havia desenvolvido várias simulações de buracos negros para a NASA e, para a nova criação, baseou-se em Sagitário A*, buraco negro supermassivo central da Via Láctea. Ele partiu de uma massa equivalente a cerca de 4,3 milhões de sóis e inseriu os dados no supercomputador Discover com a ajuda do cientista de dados Brian Powell, também do Centro de Voos Espaciais.

(Imagem: NASA / Reprodução)

O programa gerou 10 terabytes de dados – que ajudaram os cientistas a criar vídeos de quedas em um buraco negro supermassivo. A simulação começa a uma distância de cerca de 640 milhões de quilómetros do buraco negro e, conforme se aproxima, as estruturas externas e internas do espaço vão ficando mais nítidas.

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“Assim que a câmera cruza o horizonte, sua destruição por espaguetificação ocorre em apenas 12,8 segundos”, diz Schnittman. Em 128 mil quilômetros, a simulação alcança a singularidade e a viagem chega ao fim. Em um cenário alternativo, a câmera orbita o horizonte de eventos sem atravessá-lo, e escapa em segurança.