A criatividade dos cientistas se supera a cada dia dentro da Robótica. Os humanoides são, definitivamente, os modelos que mais chamam a atenção. Mas eles não são os únicos. Existem diversos tipos de robôs, dos mais variados tamanhos e formatos, cada qual com uma função que pode ajudar – e muito – a humanidade.

Vejamos por exemplo essa nova invenção que acaba de ser anunciada por pesquisadores sino-americanos.

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Engenheiros de Princeton e da Universidade Estadual da Carolina do Norte apresentaram ao mundo um robozinho que lembra muito uma lagarta. Ou uma centopeia. Enfim, algum inseto comprido e rastejante.

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Um dos diferenciais, porém, é que ele é feito com estruturas que lembram um origami. E é justamente por isso que os cientistas deram ao artigo o seguinte nome: “Robôs modulares de origami com vários graus de liberdade com atuação eletrotérmica reprogramável”. O texto foi publicado em 6 de maio na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Como o próprio título diz, a dobradura se une a uma ciência de ponta, que permite que o robô se movimente a partir de incentivos eletrotérmicos. Um aspecto interessante é que essa máquina foi feita a partir de segmentos modulares e cilíndricos, que podem operar em conjunto ou de forma independente, como mostra o vídeo a seguir:

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O novo sistema permite que o robô flexível rasteje para frente e para trás, pegue cargas e consiga se montar e desmontar.

Segundo um dos autores dessa pesquisa, o pós-doutorado em Princeton Tuo Zhao, o sistema pode funcionar como um único robô comprido ou como um enxame, permitindo que ele supere labirintos e obstáculos com relativa facilidade.

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Mais detalhes do estudo

  • Como dissemos, os pesquisadores construíram seu robô a partir de segmentos cilíndricos, apresentando uma forma de origami chamada padrão Kresling.
  • Esse padrão permite que cada segmento se torça em um disco achatado e se expanda novamente em um cilindro.
  • Este movimento de torção e expansão é a base para a capacidade do robô de rastejar e mudar de direção.
  • Um dos aspectos mais desafiadores do trabalho envolveu o desenvolvimento de um mecanismo para controlar os movimentos de flexão e dobra usados ​​para acionar e direcionar o robô.
  • Para isso, os cientistas usaram dois materiais que encolhem ou expandem de maneira diferente quando aquecidos (elastômero de cristal líquido e polimida) e os combinaram em tiras finas ao longo dos vincos do padrão Kresling.
  • Os pesquisadores também instalaram um aquecedor fino e extensível feito de rede de nanofios de prata ao longo de cada dobra.
  • A corrente elétrica no aquecedor de nanofios aquece as tiras de controle, e a expansão diferente dos dois materiais introduz uma dobra na tira.
  • Ao calibrar a corrente e o material usado nas tiras de controle, os pesquisadores podem controlar com precisão a dobra e a flexão para conduzir o movimento e a direção do robô.

Possíveis aplicações

Tuo Zhao classificou a sua invenção como “uma tecnologia muito promissora, com potencial de tradução para robôs que podem crescer, curar e adaptar-se sob demanda”.

No mundo real, uma máquina desse tipo poderia atuar no trabalho de buscas em uma mata fechada ou em um local instável com escombros.

Um projeto parecido foi desenvolvido recentemente por cientistas italianos. O chamado Filobot também consegue se alongar, mas, para isso, usa a tecnologia da impressão 3D. O grande problema é que esse modelo é muito lento, o que prejudicaria a ação de bombeiros, que, por vezes, precisa ser rápida para garantir a sobrevivência das vítimas.

Imagem: Divulgação/Instituto Italiano de Tecnologia

A agilidade é justamente um dos pontos que os pesquisadores de Princeton querem melhorar. Afirmaram que a versão atual do robô tem velocidade limitada e que estão trabalhando para aumentar a locomoção nas gerações posteriores.

As informações são do TechXplore.