Guerra dos chips: EUA revogam licenças da Intel e Qualcomm para vender à Huawei

Os EUA revogaram as licenças de exportação que permitiam que a Intel e Qualcomm vendessem chips para a Huawei. Segundo informações da Reuters, decisão chega após o lançamento do primeiro laptop habilitado para IA da empresa chinesa, o MateBook X Pro, equipado com o novo processador Core Ultra 9 da Intel. 

O que você precisa saber: 

• Conforme fontes à Reuters, as empresas foram notificadas na terça-feira (7) de que suas licenças foram revogadas, com efeito imediato;
• O Departamento de Comércio dos EUA confirmou que revogou algumas licenças, mas não revelou de quais empresas;
• Apesar das restrições devido à guerra comercial, os EUA haviam autorizado a exportação limitada para algumas empresas, visando o espaço mercadológico que companhias como Intel e Nvidia tem na China;
• Contudo, o Departamento do Comércio alterou exceções após pressão do Congresso contra a Huawei, que segue em ascensão (com nova linha de celulares, a empresa já tomou a liderança da Apple na China);
• A Intel e Qualcomm não se pronunciaram sobre o caso.

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Esta ação reforçará a segurança nacional dos EUA, protegerá a engenhosidade americana e diminuirá a capacidade da China comunista de avançar a sua tecnologia.

Elise Stefanik, congressista republicana, em comunicado.

Apesar do avanço rumo a independência da Huawei, a medida deve prejudicar a empresa, que ainda depende dos chips da Intel para alimentar seus laptops, além de também afetar fornecedores norte-americanos que fazem negócios com a empresa. 

A China opõe-se resolutamente aos Estados Unidos que ampliam excessivamente o conceito de segurança nacional e abusam dos controles de exportação para suprimir empresas chinesas sem justificação.

Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em comunicado.

China vs. EUA 

Em conflito há anos, como parte de um esforço mais amplo para prejudicar a capacidade da China, os EUA colocaram a Huawei em uma lista de restrições comerciais em 2019. Um dos temores é que a empresa pudesse, além de superar companhias estadunidenses a partir de tecnologias americanas, espionar e coletar dados do país (algo parecido ocorre com o TikTok, que pode ser proibido nos EUA se a chinesa ByteDance não vender o aplicativo). 

Ser adicionado à lista de restrições de exportações dos EUA significa que os fornecedores terão que buscar uma licença especial e difícil de obter caso queiram continuar trabalhando com empresas estrangeiras. 

A chamada guerra dos chips é, claro, apenas mais uma ramificação do conflito comercial entre os países, que abrange diversos setores, principalmente o econômico. Entenda mais aqui!