O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve anunciar novas taxações a produtos chineses. Entre eles, estão os veículos elétricos. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a Casa Branca trata o setor como uma área estratégica e de segurança nacional.

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Acusações de espionagem contra a China

O anúncio das novas taxas deve ocorrer nos próximos dias. Recentemente, o governo dos Estados Unidos acusou a China de usar os carros elétricos produzidos no país para espionagem. Escritórios ligados a Casa Branca afirmam, sem apresentar provas, que esses veículos poderiam “recolher dados sensíveis sobre os nossos cidadãos e a nossa infraestrutura e enviar esses dados de volta à República Popular da China”. Pequim nega.

Outros setores específicos também devem ser taxados. Isso inclui chips semicondutores e equipamentos solares. As medidas podem provocar retaliações da China em um momento de aumento das tensões entre as duas maiores economias do mundo. Durante o governo de Donald Trump, os chineses reagiram a decisões semelhantes criando suas próprias taxas contra produtos norte-americanos.

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Taxação de carros elétricos é mais um capítulo da disputa entre China e EUA (Imagem: Dilok Klaisataporn/Shutterstock)

Eleições presidenciais dos EUA e disputa com a China

  • A decisão de taxar veículos elétricos chineses tem fundo eleitoral.
  • Biden, candidato à reeleição nos EUA, busca uma resposta ao candidato republicano Donald Trump, que propôs tarifas generalizadas contra produtos chineses, gerando temores de aumento da inflação.
  • O atual presidente disse que não quer uma guerra comercial com a China.
  • No entanto, anunciou também a abertura de uma investigação sobre as práticas comerciais chinesas nos setores de construção naval, marítimo e logística, um processo que pode levar a mais tarifas.
  • O governo dos EUA também tem pressionado o vizinho México a proibir importações chinesas que acabam indiretamente chegando ao território norte-americano.
  • Pequim destaca que as medidas tarifárias são contraproducentes e causam danos aos Estados Unidos e à economia global.