O Tamu Massif, descoberto em 2013, já foi considerado o maior vulcão do mundo. Mas perdeu o posto para o Mauna Loa, no Havaí, após pesquisas posteriores mudarem a “categoria” do Tamu Massif. É que, nos anos seguintes, ele passou de vulcão gigante para sistema vulcânico enorme.

Tamu Massif perde posto de maior vulcão do mundo

  • Descoberto em 2013 e considerado, por um tempo, como o maior vulcão do mundo, o Tamu Massif foi reclassificado como um enorme sistema vulcânico em estudos posteriores. Com isso, perdeu o posto para o Mauna Loa, no Havaí;
  • Situado no Oceano Pacífico, a leste do Japão, o Tamu Massif abrange mais de 310 mil quilômetros quadrados, maior que o Reino Unido, e sua descoberta impactou a comunidade geológica;
  • Pesquisas posteriores revelaram que o Tamu Massif é resultado da expansão do fundo do mar, um processo de formação de nova crosta oceânica, e não um único vulcão em formato de escudo;
  • Com a redefinição do Tamu Massif, o Mauna Loa retomou o título de maior vulcão do mundo. O Mauna Loa cobre 5,1 mil quilômetros quadrados e é mais alto que o Monte Everest quando medido do fundo do oceano ao cume.

O gigante geológico fica submerso no Oceano Pacífico, a cerca de 1.609 quilômetros a leste do Japão. O “monte de crosta oceânica” abrange uma área de mais de 310 mil quilômetros quadrados – para você ter ideia, é maior que o Reino Unido.

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Descoberta do Tamu Massif abala geologia

Mapa 3D de Tamu Massif
(Imagem: Will Sager)

A descoberta da escala do Tamu Massif abalou a comunidade geológica, pois demonstrou que a Terra poderia gerar vulcões comparáveis em tamanho aos gigantes vulcânicos de Marte.

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No entanto, pesquisas posteriores sugeriram que essas conclusões iniciais se basearam em terreno instável. Em 2019, um estudo publicado na Nature apontou que o Tamu Massif era um tipo diferente de montanha vulcânica.

Anteriormente, assumia-se que o Tamu Massif era um único vulcão em formato de escudo, formado por um fluxo de lava que inundava uma vasta área. O estudo de 2019 revelou que, na verdade, ele é o produto da expansão do fundo do mar.

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(Esse processo geológico envolve a formação de nova crosta oceânica pela ascensão do magma entre placas tectônicas, fazendo o fundo do oceano se espalhar gradualmente.)

O Tamu Massif foi, portanto, redefinido como um enorme monte de crosta oceânica, e não como um único vulcão. “O maior vulcão do mundo é realmente um sistema de dorsais meso-oceânicas, que se estende por cerca de 65 mil quilômetros ao redor do mundo, como costuras numa bola de beisebol”, explicou William Sager, geofísico da Universidade de Houston e autor principal do estudo de 2019, em entrevista ao site da universidade.

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Mauna Loa retoma posto de maior vulcão do mundo

Maior vulcão do mundo em erupção
(Imagem: US Geological Survey)

Mesmo com a nova classificação, o Tamu Massif “ainda é extraordinário, mesmo que não possamos reivindicar o superlativo”, acrescentou Sager à National Geographic. Diante dessas descobertas, os pesquisadores propuseram que o título de maior vulcão do mundo fosse devolvido ao Mauna Loa.

O Mauna Loa cobre uma área de aproximadamente 5,1 mil quilômetros quadrados, apenas 1,6% do tamanho do Tamu Massif, mas é significativamente mais alto.

Grande parte do Mauna Loa está submersa no Pacífico, com apenas 4,2 quilômetros acima do nível do mar. No entanto, contando sua altura desde o fundo do oceano até o cume, ele é mais alto que o Monte Everest, medindo 9,1 quilômetros.

Em novembro de 2022, o Mauna Loa entrou em erupção pela primeira vez em 38 anos, demonstrando sua atividade contínua. Esse evento destacou a diferença entre o Mauna Loa e o Tamu Massif, extinto há milhões de anos.