O Departamento de Meteorologia da Austrália emitiu um alerta para a possível chegada do La Niña após mudanças observadas no Oceano Pacífico. A previsão é que o fenômeno climático, que consiste no resfriamento anômalo das águas, se forme ainda neste ano.

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Mesmo com La Niña, calor não deve ir embora

Segundo os meteorologistas australianos, as condições no Pacífico ainda são consideradas neutras, mas há evidências de que o La Niña está se formando. Um dos indícios é o resfriamento observado nas águas.

Embora localizada no Oceano Pacífico, a mudança nas temperaturas tem um efeito cascata em todo o mundo, gerando impactos no vento, temperatura e padrões de chuva. Além disso, pode afetar até mesmo a intensidade das temporadas de furacões e a distribuição de peixes nos mares.

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Apesar de ser considerado o oposto do El Niño, novas ondas de calor não estão descartadas durante o La Niña. Isso acontece em função dos efeitos causados pelas mudanças climáticas no planeta. As informações são do IFLScience.

Fenômeno consiste no resfriamento anômalo das águas (Imagem: Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA)

Efeitos do La Niña

  • O último La Niña aconteceu entre 2020 e 2023.
  • Na oportunidade, o fenômeno climático deixou o tempo mais seco no sul dos EUA, mas mais úmido e frio no noroeste do Pacífico e no Canadá.
  • Na Austrália, por outro lado, foram registradas fortes chuvas e inundações no leste do país.
  • Já no Brasil, o La Niña tende a aumentar a quantidade de chuvas no norte do país, especialmente na Amazônia.
  • Enquanto no sul o fenômeno tende a induzir períodos de seca, o que pode afetar plantações, especialmente nos meses de primavera.
  • O fenômeno climático também traz ao Brasil frentes frias intensas e prolongadas.
  • Além do Departamento de Meteorologia da Austrália, o Centro de Previsão Climática do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA afirma que há 49% de chance de que o La Niña se desenvolva durante o período de junho a agosto deste ano (e de 69% de julho a setembro).
  • A agência meteorológica japonesa também disse que há 60% de chance de que as condições de formação se desenvolvam de setembro a novembro deste ano.