A paleontologia vive uma “era de ouro” de descobertas de dinossauros. Mas quanto essa fase próspera deve durar? Cientistas e entusiastas se perguntam quantas espécies ainda esperam para ser encontradas, dado o número finito de dinossauros que já habitaram a Terra.

Quantos dinossauros restam para serem descobertos

  • A paleontologia está passa por um período próspero de descobertas de dinossauros. Mas há incertezas sobre quantas espécies ainda restam para serem encontradas devido à natureza incompleta do registro fóssil;
  • Estima-se que existiram milhares ou até milhões de espécies diferentes de dinossauros, considerando que viveram por mais de 150 milhões de anos e que existem mais de dez mil espécies de aves descendentes diretos dos dinossauros;
  • Em 2006, os paleontólogos Steve C. Wang e Peter Dodson estimaram que existiram aproximadamente 1.850 gêneros de dinossauros não-avianos, com cerca de 71% ainda por ser descobertos. Um estudo de 2016 ajustou a estimativa para cerca de 1.936 espécies, indicando que ainda há mais de 900 espécies esperando para ser encontradas;
  • A fossilização requer condições específicas, e apenas uma pequena parte da biodiversidade do passado é preservada como fósseis. Projeções indicam que 75% dos gêneros de dinossauros fossilizados serão descobertos em 60 a 100 anos, e 90% em 100 a 140 anos, sugerindo que a “era de ouro” da paleontologia ainda tem mais de um século pela frente.

Atualmente, é difícil precisar quantas espécies de dinossauros ainda estão por ser descobertas. A principal razão para essa incerteza é a natureza incompleta do registro fóssil.

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Considerando que os dinossauros viveram por mais de 150 milhões de anos e que há mais de 10 mil espécies de aves vivas, descendentes diretos dos dinossauros, estima-se que possam ter existido milhares ou até milhões de espécies diferentes de dinossauros.

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Fração pequena de dinossauros foi descoberta até hoje

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(Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Steve Brusatte, paleontólogo da Universidade de Edimburgo, disse em entrevista à CNN que uma fração pequena dos dinossauros que já viveram foi descoberta até hoje.

Em 2006, os paleontólogos Steve C. Wang e Peter Dodson utilizaram métodos estatísticos para estimar que existiram aproximadamente 1.850 gêneros de dinossauros não-avianos (estudo está disponível on-line). Com 527 gêneros conhecidos até então, eles sugeriram que cerca de 71% ainda estavam por ser descobertos.

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Ainda que muitos gêneros de dinossauros sejam conhecidos por apenas uma espécie, isso não necessariamente reflete o número total de espécies que restam para encontrar, uma vez que algumas exceções podem conter múltiplas espécies.

Um estudo mais recente, publicado na Philosophical Transactions of the Royal Society em 2016, ajustou essa estimativa para cerca de 1.936 espécies diferentes de dinossauros. Considerando as aproximadamente mil espécies já nomeadas, isso indicaria que ainda há um pouco mais de 900 espécies à espera dos paleontólogos.

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Ainda temos 140 anos de descobertas de dinossauros pela frente

Dinossauros
(Imagem: Daniel Eskridge/Shutterstock)

A formação de fósseis é um processo que requer condições muito específicas. Nem todos os organismos se fossilizam; é necessário que eles não se decomponham rapidamente ou sejam consumidos por predadores. Apenas uma parte (pequena) da biodiversidade do passado acaba preservada como fósseis.

De acordo com as projeções de Wang e Dodson, espera-se que 75% dos gêneros de dinossauros fossilizados sejam descobertos ao longo de 60 a 100 anos. Num período de 100 a 140 anos, eles estimam que 90% dos gêneros conhecidos serão descobertos.

Assim, embora seja incerto quantas novas espécies de dinossauros ainda serão encontradas, é provável que a “era de ouro” da paleontologia continue por muitos anos, enriquecendo nosso entendimento sobre a vida pré-histórica na Terra.