(Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O inverno de 2024 deve ter temperaturas acima da média. Pelo menos, é o que disse Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, ao G1. No entanto, a estação não deve trazer extremos de calor nem de frio. Espera-se que o inverno deste ano traga equilíbrio entre os dois – mas com tendência para mais dias com temperaturas mais elevadas do que o normal.
A estação começa em 21 de junho, especificamente às 17h51 (horário de Brasília) para a maior parte do território. Mas partes do Amazonas, Pará e quase todo o território de Roraima e Amapá ficam de fora, por estarem no Hemisfério Norte.
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O inverno de 2024 tem esse prognóstico por conta do fim do El Niño – fenômeno climático que aquece a superfície do Oceano Pacífico Equatorial e influencia o clima do Brasil todo.
Atualmente, ocorre a fase neutra, quando nenhum fenômeno climático influencia as águas do Pacífico. No entanto, o meteorologista ressalta que a influência do fenômeno será percebida por mais algumas semanas no país.
(Depois, vem o La Niña, que esfria a faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Pacífico. Este fenômeno ocorre a cada três ou cinco anos.)
Em paralelo à fase neutra do El Niño, ocorre o resfriamento do Oceano Atlântico. Ao longo do fim de outono, espera-se que bloqueios atmosféricos fiquem menos frequentes.
Para você ter ideia da importância disso: Um desses bloqueios atua sobre o Brasil desde 22 de abril – e, de certa, é responsável pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul
(O Olhar Digital explicou o efeito do atual bloqueio atmosférico no Brasil na previsão do tempo publicada em 15 de maio).
Também em entrevista ao G1, Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que junho será um mês quente – principalmente na parte central do Brasil, onde a atuação de uma massa de ar seco e seco vai esticar até dia 17.
Por outro lado, o La Niña traz mais massas de ar frio ao centro-sul do continente americano, de forma que afeta países como Argentina, Uruguai e, claro, Brasil (áreas do centro-sul, no caso).
Por isso, o meteorologista da Climatempo aponta que Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná devem receber mais massas de ar frio no início do inverno. Já o interior do Brasil (Sudeste, Centro-Oeste e Norte) vai receber menos massas de ar frio na estação.
Esta post foi modificado pela última vez em 23 de maio de 2024 21:28