Cientistas da Universidade de Yale, em Connecticut, EUA, desenvolveram uma nova metodologia sustentável que utiliza fotoeletrodos de silício para converter dióxido de carbono (CO2) em combustível solar líquido. O método combina novos catalisadores moleculares para solucionar problemas de estabilidade apresentados em metodologias anteriores. Dois estudos foram publicados no Journal of the American Chemical Society.

Entenda:

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  • Cientistas criaram um novo combustível solar sustentável à base de silício;
  • Combinando novos materiais semicondutores que transformam CO2 em combustível líquido, a criação promete ser mais potente, simplificada e escalável do que metodologias prévias;
  • Dois estudos foram publicados no Journal of the American Chemical Society – um com micropilares de silício revestidos de carbono fluorado super-hidrofóbico, e outro com pastilhas finas de silício poroso combinadas a um catalisador molecular de rênio;
  • As equipes acreditam que a nova metodologia seja promissora no desenvolvimento de combustíveis alternativos capazes de remover o dióxido de carbono da atmosfera.
(Imagem: NickSpinder/Shutterstock)

Estudos prévios mostraram que os materiais semicondutores são capazes de converter dióxido de carbono (CO2) em combustíveis líquidos, mas comumente apresentam problemas de instabilidade e são inviáveis para produção em larga escala. A nova metodologia de Yale, porém, promete ser mais potente, simplificada e escalável.

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Combustível de silício converte luz solar em energia elétrica

No primeiro estudo, publicado em janeiro deste ano, a equipe construiu um eletrodo formado por um conjunto de micropilares de silício revestidos com carbono fluorado super-hidrofóbico, convertendo CO2 em metanol. “Vimos um aumento notável de até 17 vezes mais atividade catalítica do que o recorde anterior para fotoeletrodos de silício”, explica Bo Shang, coautor do estudo, no artigo publicado.

(Imagem: Ed Connor / Shutterstock)

A segunda pesquisa, publicada em março, envolveu pastilhas finas de silício poroso combinadas a um catalisador molecular de rênio. Em contato com a luz solar, a substância produziu uma reação química que transformou o CO2 em CO de forma consistente e reprodutível, como diz Xiaofan Jia, coautor do segundo artigo, na publicação. “Isso permite que o dispositivo utilize diretamente a energia da luz solar para produzir combustíveis.”

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A nova metodologia descrita nos estudos é promissora para o desenvolvimento de combustíveis alternativos revolucionários capazes de remover o dióxido de carbono da atmosfera. “Estamos encontrando novas maneiras de melhorar ou aumentar a reatividade”, explica Eleanor Stewart-Jones, coautora da segunda pesquisa.