O hidrogênio verde é uma das apostas como combustível do futuro. Com grande potencial energético, ele vem da eletrólise da água usando energia limpa e surge como uma alternativa para combustíveis com altas emissões de carbono, podendo substituir opções fósseis na hora de abastecer veículos e aeronaves. Porém, a produção pode ser um desafio.
Um novo estudo brasileiro publicada na revista Polymer descreveu a produção de um material com potencial para ser usado na obtenção de hidrogênio verde.
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Novo material tem potencial para produzir hidrogênio verde
O estudo descreve um material que obtém hidrogênio verde a partir da divisão de moléculas da água usando luz solar. Nos métodos tradicionais, essa quebra acontece usando eletricidade convencional, que muitas vezes não provém de energia limpa (e, portanto, não tornam o hidrogênio “verde”).
Segundo a Agência Fapesp, o artigo descreve a preparação de filmes compostos por nanoestruturas de polianilina com camadas internas de nanotubos de carbono de paredes múltiplas para análise e estudo da atividade em fotoeletrocatálise (o uso da luz solar no processo de quebra) do material, com foco na reação que produz o hidrogênio.
O material se mostrou estável e teve bom desempenho na absorção de luz, algumas das características positivas no processo.
Como explicou o site, polianilina é um polímero condutor flexível, que só recentemente chamou atenção de pesquisadores por sua alta condutividade elétrica.
Combustível tem papel importante na transição energética
- Por ser um elemento químico abundante no universo, o hidrogênio é uma forma de energia com potencial infinito, algo que pode motivar a descarbonização;
- Essa modalidade também tem sido vista como uma esperança para reduzir as emissões de carbono e limitar a temperatura global;
- Algumas das aplicações possíveis desse combustível são o fornecimento de energia para veículos, células de combustível e fabricação de produtos químicos;
- No entanto, nem todo combustível de hidrogênio é hidrogênio verde: o termo se refere a processos de quebra do elemento a partir de energias limpas. Se a eletrólise da água usa fontes não renováveis, como carvão ou gás natural, não é hidrogênio verde;
- Há desafios. O uso desse material ainda é pequeno, devido ao custo elevado, dificuldades na hora da produção e pouca infraestrutura de transporte;
- O próprio processo de produção pode ter perdas energéticas, o que torna a adesão mais tímida do que outras fontes.
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