O número de casos de dengue no Brasil neste ano já superou todos os recordes. As autoridades de saúde alertam para a situação há meses, mas uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) trouxe uma boa notícia. A vacinação contra a doença diminuiu a incidência de diagnósticos no Paraná.

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mosquito da dengue
Brasil vive uma epidemia de dengue (Imagem: Shutterstock/frank60)

Menor risco para pessoas que já havia contraído dengue

Avaliando as pessoas que foram vacinadas no Paraná entre os anos de 2016 e 2018, os pesquisadores encontraram uma redução significativa nos casos de dengue. Segundo os pesquisadores, a diminuição no risco de dengue na população vacinada chega a 21%.

Ainda de acordo com o estudo, o benefício foi maior em pessoas que já tinham contraído a doença. Nestes casos, a redução foi de 71%.

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No estudo, foram avaliados indivíduos na faixa etária de 15 a 27 anos, moradores dos municípios paranaenses que participaram da campanha de vacinação realizada entre 2016 e 2018 e que notificaram casos de dengue entre 2019 e 2020.

A vacina CYD-TDV (Dengvaxia) foi o primeiro imunizante contra dengue aprovado no Brasil, em 2015. Ele é produzido pelo laboratório Sanofi Pasteur, feito a partir do vírus da febre amarela atenuado, com a inserção de genes dos diferentes tipos do vírus da dengue em sua estrutura genética.

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A vacina, no entanto, não está disponível no SUS. Isso acontece devido às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar apenas indivíduos com soropositividade para dengue.

vacina da dengue
Vacina aplicada no Paraná reduziu riscos de contrair dengue (Imagem: shutterstock/chemical industry)

Mais de cinco milhões de casos no Brasil

  • Segundo o mais recente balanço divulgado pelo painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, em apenas cinco meses neste ano, o Brasil já registra mais do que o triplo de todos os casos contabilizados em 2023.
  • São 5.183.505 diagnósticos e 2.959 mortes confirmadas desde o início do ano.
  • A taxa de letalidade em casos leves está em 0,06%.
  • Já em casos graves é de preocupantes 4,83%.
  • Os números revelam que a faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59 anos.
  • As crianças menores de um ano, juntamente com pessoas acima dos 80 anos, formam os grupos menos atingidos.
  • Além disso, 55% dos casos são em mulheres.