Superfície do Sol (Crédito: Eduardo Schaberger Poupeau)
Um grupo de pesquisadores descobriu a possível origem do campo magnético solar. Anteriormente pensava-se que ele se originava nas profundezas das estrelas. No entanto, na nova investigação foi sugerido que o campo magnético se forma nas camadas mais externas da superfície solar.
Para quem tem pressa:
A descoberta foi publicada recentemente na revista Nature e feita a partir de simulações de computador. Caso esses apontamentos estejam certos, os cientistas poderão prever melhor as erupções solares e as tempestades geomagnéticas que podem causar queda de energia, falhas de conexão e até mesmo derrubar satélites.
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O Sol possui uma região turbulenta e fluida de plasma conhecida como zona de convecção, que vai desde sua superfície até cerca de 200 mil quilômetros de profundidade. Os íons carregados aqui formam poderosos campos magnéticos que não se cruzam e por causa disso se dobram até eventualmente se romperem. Quando isso acontece, erupções solares e ejeções de massa coronal são lançadas ao espaço.
No entanto, a maior parte do campo magnético solar não tem sua origem bem explicada. Durante muito tempo os cientistas tentaram o explicar a partir de simulações 3D para mapear o fluxo de plasma, mas segundo os pesquisadores do novo estudo, essas investigações eram muito simples.
Agora, dados de vibrações da superfície do Sol que permitem investigar a estrutura do seu interior foram utilizados para criar um modelo usando algoritmos. A simulação mostrou que o fluxo de plasma nas camadas superiores da estrela correspondem mais ao campo magnético solar observado do que quando possíveis efeitos produzidos pelas camadas mais profundas do Sol são adicionados ao modelo.
As características que vemos quando olhamos para o Sol, como a coroa que muitas pessoas viram durante o recente eclipse solar, manchas solares e erupções solares, estão todas associadas ao campo magnético do Sol. Mostramos que perturbações isoladas perto da superfície do Sol, longe das camadas mais profundas, podem crescer ao longo do tempo para produzir potencialmente as estruturas magnéticas que vemos.
Keaton Burns, coautor da pesquisa
Agora, os cientistas esperam desenvolver ainda mais o seu modelo para compreender melhor o campo magnético solar e eventualmente prever tempestades solares.
Esta post foi modificado pela última vez em 24 de maio de 2024 17:04