Um estranho filamento semelhante a uma cobra foi registrado na superfície do Sol pela sonda Solar Orbiter pouco antes de uma enorme explosão de plasma. A Agência Espacial Europeia (ESA), responsável pela espaçonave, divulgou um vídeo no YouTube nesta segunda-feira (14), mostrando a imagem captada em setembro.

Segundo a ESA, trata-se de uma corrente de gases atmosféricos mais frios serpenteando pelo campo magnético do Sol. A sequência de lapso de tempo foi construída a partir de imagens captadas pelo sensor ultravioleta extremo da sonda no dia 5 de setembro.

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Embora a ação leve menos de um segundo no vídeo, a “cobra” levou três horas para deslizar através do disco do Sol, a uma velocidade de 170 km/s. Em seguida, é possível ver no ponto de onde o filamento se originou, uma forte erupção de plasma quente estourando na coroa solar (atmosfera superior da nossa estrela). Captada pelo Detector de Partículas Energéticas (EPD) da Solar Orbiter, a erupção resultou em uma poderosa ejeção de massa coronal (CME).

Segundo um comunicado emitido pela ESA, a erupção foi “um dos eventos de partículas energéticas solares mais intensos detectados pelo instrumento” desde que a espaçonave foi lançada, em 2020.

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As CMEs, que contêm grandes quantidades de plasma magnetizado, podem interferir no campo magnético da Terra, desencadeando tempestades geomagnéticas que geralmente são acompanhadas por exibições espetaculares de auroras.

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No entanto, as erupções também podem criar condições perigosas na órbita do nosso planeta. Os satélites experimentam mais arrasto como resultado de eventos climáticos espaciais e, em alguns casos, podem até cair de órbita. Em fevereiro deste ano, a SpaceX perdeu um lote de cerca de 40 satélites Starlink que foram atingidos por uma tempestade geomagnética.

Na última terça-feira (8), uma erupção solar surpresa explodiu de uma área de magnetismo denso na superfície do astro, causando um apagão temporário em sinais de rádio em partes da Austrália e em toda a Nova Zelândia.

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