Como a gravidade da Terra influencia o movimento dos corpos celestes?

A gravidade usa a massa de um objeto celeste para atrair outros que estejam por perto e esta atração muda a trajetória desses; entenda
Por Wagner Edwards, editado por Bruno Ignacio de Lima 27/05/2024 04h20, atualizada em 05/06/2024 09h03
Representação artística de um asteroide passando perto da Terra.
Representação artística de um asteroide passando perto da Terra. Crédito: Dima Zel -Shutterstock
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A gravidade é um dos objetos de estudo dos cientistas e consiste numa força invisível que atrai um objeto massivo para perto de outro. Sua existência esbarra diretamente com o nascimento do Universo e ela está presente em diferentes objetos espaciais. A seguir, entenda como a gravidade da Terra influencia o movimento dos corpos celestes.

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Como a gravidade da Terra influencia o movimento dos corpos celestes?

Segundo a física moderna, entende-se que a gravidade passou a existir assim que o Universo nasceu, o que nos faz pensar que um auxilia no processo de estabilidade do outro. De forma geral, a gravidade é uma força invisível e bastante poderosa que habita no espaço, e geralmente está ligada a um corpo celeste específico: desta forma, ela atua usando a massa do objeto ao qual está associada para atrair outros objetos massivos.

É o que acontece, por exemplo, quando detritos espaciais ou cometas passam muito perto de nós: a gravidade associada ao nosso planeta utiliza a massa da Terra para atrair qualquer outro objeto com massa e essa força de atração puxa o corpo estranho em direção à nossa superfície. O que acontece na maioria das vezes, no entanto, é que quanto mais adentra na atmosfera, mais o objeto se desgasta; em outras palavras, poucos corpos estranhos conseguem, de fato, aterrissar em nosso solo.

Mas nem sempre a força de atração da gravidade faz com que objetos entrem efetivamente em nossa atmosfera. Como exemplo, é possível citar os satélites enviados ao espaço para auxiliar na comunicação do planeta: o objeto é enviado para uma trajetória específica e, se os cálculos dos estudiosos estiverem corretos, ele atinge a velocidade orbital da Terra; com isso, ao ser puxado pela gravidade do planeta, a curvatura de sua “queda infinita” coincide com a curvatura da Terra.

Conceito artístico de um satélite queimando ao cair na Terra, elaborado com Inteligência Artificial (Imagem: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital)

Em outras palavras, o movimento giratório da Terra e sua gravidade atraem o satélite para perto, mas a velocidade dele se alinha com parte da velocidade da Terra e ele fica “no lugar”.

Albert Einstein descrevia a gravidade como uma espécie de “curvatura” do espaço-tempo, originada pela existência de massa e energia no espaço. Nesse raciocínio, os objetos massivos curvam o espaço-tempo ao seu redor, e tal curvatura guia o movimento dos corpos celestes.

Quando mais perto da Terra, mais influenciável um corpo se torna, como é o caso do satélite. Contudo, corpos celestes maiores ou mais distantes da Terra sofrem uma influência significativamente inferior. A Lua, por exemplo, sofre influência da gravidade da Terra e é atraída até nós, o que a faz ficar em órbita ao nosso redor; contudo, não sofre atração o bastante para entrar na nossa atmosfera e colidir com o planeta.

Resumindo: quando a Terra consegue atrair um corpo celeste ou detritos do espaço, isso também afeta o movimento que estes objetos detinham anteriormente. E isso acontece caso estes objetos cheguem perto demais de nosso planeta, tenham uma massa cujo tamanho facilite a sua atração, e também estejam em queda livre, o que os faz ser puxados até nós.

Wagner Edwards
Editor(a) SEO

Wagner Edwards é Bacharel em Jornalismo e atua como Analista de SEO e de Conteúdo no Olhar Digital. Possui experiência, também, na redação, edição e produção de textos para notícias e reportagens.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.