Há três semanas, a Neuralink admitiu defeito no chip cerebral de seu primeiro paciente, Noland Arbaugh, e deu pequenas informações sobre o problema apresentado pelo dispositivo.
Como já havia sido informado, alguns fios do chip se soltaram do cérebro de Arbaugh, que, com isso, perdeu o poder sobre o computador que operava com o pensamento, fazendo com que a empresa de chips cerebrais de Elon Musk ajustasse o sistema do dispositivo para que ele seguisse operando sem necessidade de nova cirurgia.
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Neuralink: 85% dos fios do chip se soltaram do cérebro
- Em seu blog, a empresa havia informado somente que vários fios “se retraíram” no cérebro de Arbaugh, “resultando em diminuição do número de eletrodos efetivos”;
- À época, a Neuralink não indicou quantos dos 64 fios se desconectaram;
- Mas, agora, conforme o UOL, o The New York Times conseguiu detalhar o problema: ao todo, foram 85% desses fios que se desprenderam, ou, seja, cerca de 54 deles se soltaram;
- Hoje, Arbaugh tem apenas 15% deles (cerca de dez) conectados ao seu cérebro, o que causou a reprogramação do chip pela Neuralink;
- Arbaugh disse que a empresa de Musk esperava que seu cérebro criasse um tecido cicatricial ao redor dos fios na base do cérebro para segurá-lo, mas, obviamente, isso não aconteceu.
Ao Times, Cristin Welle, neurofisiologista da Universidade do Colorado, que iniciou o programa de interfaces neurais na FDA, que aprovou os implantes, opinou que as dificuldades apresentadas com o paciente de 30 anos mostram que a Neuralink ainda tem obstáculos a vencer para conseguir consolidar sua técnica.
“É difícil saber se isso funcionaria. Pode ser o caso de um dispositivo totalmente flexível não ser uma solução de longo prazo”, pontuou.
Na mesma reportagem, Arbaugh contou como tem sido seus dias com o novo dispositivo. O Olhar Digital reportou a conversa completa nesta reportagem.
