Imagens de satélite mostram uma impressionante espiral verde surgida no Mar Báltico durante uma enorme floração de algas. Apesar da beleza, o fenômeno criou uma enorme e tóxica “zona morta” na região.

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Redemoinho de algas registrado no Mar Báltico (Imagem: Observatório da Terra da NASA)

Fenômeno raro

  • De acordo com o Observatório da Terra da NASA, o redemoinho tinha cerca de 25 quilômetros de diâmetro e apareceu no Golfo da Finlândia, uma parte do Mar Báltico que fica entre Finlândia, Estônia e Rússia.
  • Ele era composto principalmente de minúsculas bactérias marinhas fotossintéticas, conhecidas como cianobactérias, bem como alguns plânctons conhecidos como diatomáceas.
  • As criaturas microscópicas estavam presas no local em função de duas correntes oceânicas opostas que colidiam na região.
  • Pesquisadores explicam que é comum que as algas sejam arrastadas pelos fenômenos, mas que um redemoinho desta dimensão é algo raríssimo.
Algas criam zonas sem oxigênio, sufocando criaturas marinhas (Imagem: Observatório da Terra da NASA)

Grande quantidade de algas causa riscos para a vida marinha

As algas florescem naturalmente na região do Mar Báltico no verão em função da abundância de nutrientes. No entanto, essas florações têm acontecido em tamanho e frequência cada vez maiores nas últimas décadas. Uma das explicações para isso é o despejo de produtos agrícolas nas águas, o que aumenta ainda mais a presença de nutrientes.

Segundo os pesquisadores, quando as algas se acumulam perto da superfície, elas diminuem temporariamente a quantidade de oxigênio nas águas, sufocando criaturas marinhas próximas. Estas áreas são classificadas como “zonas mortas”. O problema é que, além das florações estarem maiores, elas estão se tornando cada vez mais mortais para outras criaturas marinhas.

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O aumento da temperatura da superfície do mar, impulsionado pelas mudanças climáticas, faz com que os oceanos retenham menos oxigênio do que o normal. Em 2018, por exemplo, um estudo revelou que, durante o século passado, os níveis de oxigênio no Mar Báltico caíram para seus níveis mais baixos em 1.500 anos. Tudo isso acaba formando um cenário que pode ser devastador para a vida marinha.